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Um ataque contra a estação de trem de Kramatorsk, na Ucrânia, matou quatro crianças, nesta sexta-feira (8). A informação foi divulgada pelo prefeito da cidade, Alexander Goncharenko, através do Twitter. O líder político local indicou que pelo menos 40 pessoas morreram e há registro de 90 feridos, alguns "muito graves", assim como vítimas que perderam braços ou pernas.
Nos últimos dias, as autoridades do Donbass fizeram apelos para que os civis abandonassem a região, alertando para uma grande ofensiva russa. O governador de Donetsk, Pavlo Kirilenko, em postagem na mesma rede social, destacou que o ataque foi feito contra um ponto de concentração "conhecido" como lugar utilizado para facilitar a evacuação da população local.
O assessor da chefia de gabinete da presidência da Ucrânia, Oleksiy Arestovych, garantiu que antes do bombardeio, houve uma operação de observação da região. "As tropas russas atacaram com um míssil do tipo Iskander a estação de trens de Kramatorsk. É preciso entender que ataques deste tipo são precedidos de um reconhecimento minucioso do alvo", escreveu no Facebook, segundo a agência de notícias Ukrinform.
De acordo com o porta-voz os russos sabiam “perfeitamente que estavam atingindo civis, na primeira hora da manhã, no momento em que havia milhares de pessoas tentando sair. Famílias, crianças, idosos”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu nesta sexta-feira que o ataque contra uma estação de trem é a prova de que a Rússia "extermina" a população civil. "Este é um mal que não tem limites. E se não for punido, nunca deixará de acontecer", lamentou o chefe de Estado, em postagem no Facebook.
A Rússia, por sua vez, negou qualquer responsabilidade pelo ataque, indicando que não foi realizada operação ofensiva em Kramatorsk, de acordo com comunicado do Ministério da Defesa do país.