Uma pessoa morreu e seis ficaram feridas nesta quarta-feira (7) em Caracas em um ataque armado contra estudantes que regressavam de uma manifestação contra a reforma constitucional promovida pelo presidente Hugo Chávez, informou o general Antonio Rivero, Diretor Nacional da Defesa Civil.
Estudantes universitários realizaram uma manifestação até a sede do Tribunal Supremo de Justiça na Venezuela, onde entregaram um "habeas corpus" para adiar o referendo sobre a reforma constitucional, marcado para 2 de dezembro.
O setor estudantil de oposição pediu para o Supremo adiar a consulta, alegando que a maioria dos venezuelanos "desconhece" o conteúdo da reforma proposta pelo presidente Hugo Chávez, marcando uma nova data, na qual "todos os cidadãos possam participar" devidamente.
O líder estudantil Yon Goicoechea afirmou numa audiência pública diante da presidente do Supremo, Luisa Estela Morales, que o "habeas corpus" pretende suspender o referendo para garantir "o direito à informação e à participação política" dos eleitores.
Já o líder estudantil da Universidad Católica Andrés Bello disse que basearam o pedido numa decisão do Supremo de 2000, que suspendeu as chamadas "megaeleições" de presidente, governadores e prefeitos. Na época, argumentou-se que os eleitores não tinham informação suficiente para votar.
Resposta rápida
A presidente do Supremo afirmou que a Sala Constitucional revisará "imediatamente" o recurso dos estudantes e dará uma resposta o mais rápido possível.
"Vamos examinar com muito cuidado qual violação alegaram e, se cumprir os requisitos da lei para ser processada, a resposta será dada com a maior rapidez", afirmou a presidente à comissão de dez estudantes que chegou à sede judicial.
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