Mais de 90 civis, a maioria mulheres e crianças, foram mortos na província de Herat, no Afeganistão, em decorrência de ataques aéreos das forças de coalizão na sexta-feira, disse neste domingo o ministro afegão para assuntos religiosos, Nematullah Shahrani. Foi uma das maiores baixas civis desde que tropas internacionais chegaram ao Afeganistão para derrubar o regime Taleban no final de 2001.
"Fomos à área e descobrimos que o bombardeio foi muito pesado, que muitas casas foram destruídas e mais de 90 não-combatentes, inclusive mulheres, crianças e idosos, morreram", disse o ministro. A coalização declarou, contudo, que apenas 30 guerrilheiros foram mortos na operação.
Nomeado pelo presidente Hamid Karzai para apurar o caso, Shahrani afirmou que não houve coordenação entre as tropas internacionais e afegãs na operação. "As forças estrangeiras não estão coordenando suas operações com os afegãos. Elas simplesmente não fazem isso", acusou. Shahrani disse que sua investigação continua e que ele deve se encontrar em breve com representantes das Forças Especiais dos Estados Unidos, que também estavam envolvidos na operação. "Eles alegaram que o Taleban estava lá, eles precisam provar isso", disse o ministro. "Até agora, não está claro porque a coalização conduziu os ataques aéreos".
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