70 km é o alcance dos mísseis que uma célula terrorista planejava disparar da região do Sinai para atingir aeroporto em Israel, segundo fontes militares do Egito.
Drones
Os militantes da Al-Qaeda e do Taleban são os principais alvos dos ataques feitos por aviões não tripulados americanos no país. A região que mais recebe ataques é o noroeste paquistanês, que faz fronteira com o Afeganistão.
Alvos
O Paquistão e o Iêmen são os dois países mais bombardeados pelos drones dos Estados Unidos. Os paquistaneses enfrentam nos últimos dias o aumento da tensão na região da Caxemira, próxima a Lahore, que é disputada com a Índia.
Um drone (avião não tripulado) israelense disparou ontem um míssil no deserto do Sinai, deixando cinco mortos e destruindo um lançador de foguetes, de acordo com funcionários de segurança egípcios.
As vítimas seriam supostos membros de milícias islâmicas. O ataque teria sido coordenado com as autoridades do Egito.
As fontes citadas pela mídia local divulgaram as informações anonimamente, por não terem autorização para falar com a imprensa. Testemunhas relatavam ter ouvido o som de explosões na região fronteiriça com o Egito.
A ação israelense ocorreu um dia depois de as Forças de Defesa de Israel terem ordenado o fechamento do aeroporto da cidade turística de Eilat por duas horas. De acordo com a agência de notícias palestina Maan, a decisão foi tomada a partir de informações da Inteligência egípcia.
Fontes militares no Egito afirmam que uma célula terrorista planejava disparar mísseis com alcance de 70 quilômetros, capazes de atingir o aeroporto israelense.
Desde a deposição do presidente islamita Mohamed Mursi, em 3 de julho, a península do Sinai tem visto a intensificação da ação de milícias islâmicas, assim como a repressão do governo interino do Egito.
Na última quarta-feira, autoridades egípcias afirmaram ter matado ao menos 60 militantes na península durante o último mês. A fronteira israelense com o Sinai, nos arredores da cidade de Eilat, é atualmente uma das preocupações das forças de segurança de Israel.
Ameaça da rede Al-Qaeda afeta consulado americano em Lahore
Os Estados Unidos ordenaram ontem a retirada de funcionários não essenciais do consulado do país na cidade de Lahore, no leste do Paquistão, devido à ameaça de ataque da Al-Qaeda. O país é um dos que mais recebe ataques de aviões não tripulados americanos em áreas tribais aliadas da rede terrorista.
O fechamento ocorre três dias após a retirada de pessoal do Iêmen, outro destino dos bombardeios feitos pelos aparelhos.
As missões foram esvaziadas após a descoberta de um diálogo entre o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawhari, com o chefe da Al-Qaeda na Península Arábica, ramo iemenita da rede terrorista.
A descoberta da comunicação ocorreu dias após o fechamento de mais de 20 missões diplomáticas no Oriente Médio e no norte da África. Além dos Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Holanda retiraram pessoal ou reforçaram a segurança nas embaixadas da região.
Ontem, o Departamento de Estado também emitiu um alerta aos cidadãos americanos para evitar viagens a território paquistanês. Em nota, a diplomacia americana afirma que "vários grupos terroristas estrangeiros e nativos representam um perigo potencial para cidadãos norte-americanos".
Segundo a porta-voz da embaixada americana em Islamabad, Meghan Gregoris, a ameaça que fechou a representação de Lahore é diferente da feita pelo ramo iemenita da Al-Qaeda.
Mesmo com o alerta, as embaixadas já ficariam fechadas devido ao feriado do Edi al-Fitr, que dá fim ao mês sagrado do Ramadã.
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