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Um ataque com drones, que segundo as autoridades americanas foi perpetrado por milícias ainda não identificadas apoiadas pelo Irã, matou três soldados dos Estados Unidos e deixou mais de 20 feridos em uma base norte-americana localizada no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria, na noite deste sábado (27).
Esse foi o primeiro caso que envolveu mortes de soldados membros de tropas americanas por fogo inimigo no Oriente Médio desde o início da guerra em Gaza, há três meses, desencadeada pelos ataques terroristas do Hamas contra Israel em outubro. Até o momento, mais de 30 soldados da base identificada como "Torre 22" foram feridos, afirmaram autoridades americanas, alertando que esse número ainda pode aumentar.
O Comando Central dos EUA confirmou o ataque em um comunicado divulgado neste domingo (28) e disse que as identidades dos soldados mortos serão reveladas após a notificação das famílias. O presidente Joe Biden prometeu retaliar contra os responsáveis pelo ataque.
“Não tenham dúvida: faremos que todos os responsáveis prestem contas no momento e na forma que escolhermos”, disse por meio de um comunicado divulgado pela Casa Branca. “Jill e eu nos unimos às famílias e amigos dos nossos caídos - e aos americanos de todo o país - na dor pela perda destes guerreiros neste ataque desprezível e totalmente injusto”, acrescentou.
O ataque ocorre em meio a uma escalada de tensões na região, onde os EUA e seus aliados enfrentam a ameaça de grupos armados financiados pelo Irã, que têm lançado ataques frequentes contra as forças da coalizão americana no Iraque e na Síria. Os EUA já realizaram várias ações de represália contra esses grupos, incluindo um ataque recente contra instalações usadas pelo Kataib Hezbollah e outros grupos afiliados ao Irã.
A base americana na Jordânia, vista como uma aliada estratégica dos EUA, serve como um ponto de treinamento e aprimoramento de habilidades para soldados americanos e jordanianos.
Segundo a CNN, o incidente acontece às vésperas das negociações entre os EUA e o Iraque sobre o futuro da presença militar americana no país, que tem sido alvo de críticas por parte de alguns setores políticos iraquianos. Os EUA têm cerca de 2,5 mil soldados no Iraque, que participam de uma missão de treinamento e apoio às forças locais na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico.