Ataques israelenses destruíram ontem quatro casas palestinas| Foto: Abbas Momani/AFP

O cônsul da França na Faixa de Gaza, sua esposa e a filha de 13 anos foram feridos durante um ataque aéreo de Israel na noite de domingo, disse o porta-voz do ministro das relações exteriores francês, Bernard Velero.

CARREGANDO :)

Velero afirmou a repórteres que os três foram atingidos por estilhaços no local onde moravam em Gaza, localizada a 200 metros de onde houve o ataque a míssil de Israel.

"A França condena as consequências do ataque", afirmou. "Embora sejamos a favor da segurança de Israel, a França relembra a extrema necessidade de evitar danos a civis", disse Valero, sem especificar a natureza dos ferimentos.

Publicidade

O ataque, que matou um policial e feriu outros quatro após militantes palestinos do território costeiro terem disparado um foguete contra o sul de Israel, deve tornar ainda mais difícil as relações entre Paris e Jerusalém.

O presidente francês Nicholas Sarkozy escreveu para o premiê israelense Benjamin Netanyahu para reafirmar a amizade, apesar do que ele chamou de "diferentes pontos de vista sobre o Oriente Médio".

Os comentários de Sarkozy, em uma mensagem de condolências para Netanyahu por conta da morte do seu sogro, parecia um esforço para tentar acalmar a situação depois de uma gafe neste mês, na reunião do G20 em Cannes.

Sarkozy disse ao presidente norte-americano Barack Obama, numa gravação que va­­zou para a imprensa, que Netan­yahu era "um mentiroso".

Ataques

Publicidade

Tropas israelenses acompanhadas de "bulldozers" destruíram ontem quatro casas palestinas perto da cidade de Jericó, já que, segundo o Estado hebreu, elas colocam em risco um sítio arqueológico.

Um dos proprietários das casas, Amar Fakhuri, declarou que era a terceira vez que Israel destruía suas propriedades.

"Já o fizeram duas vezes na cidade velha de Jerusalém em 2004 e 2010, e agora aqui", disse Fakhuri. Um porta-voz do departamento responsável pela Cisjordânia ocupada no ministério da Defesa explicou que as casas estavam construídas em terras do governo que seriam utilizadas pela colônia de Vered Jericó.

As quatro casas foram construídas "sem permissão", afirmou Guy Inbar, e informou que estavam localizadas "perto de um sítio arqueológico, o que poderia colocá-lo em risco".