
Ao menos 48 pessoas morreram em um ataque lançado na noite de domingo por cerca de 50 insurgentes islâmicos que içaram bandeiras na cidade costeira de Mpeketoni, no oeste do Quênia, anunciou nesta segunda-feira a Cruz Vermelha queniana.
"O número de mortos subiu para 48", disse a organização no Twitter, enquanto as forças de segurança locais continuavam buscando vítimas. O balanço anterior era de 34 mortos.
Segundo um policial, que pediu o anonimato, ainda pode haver mais mortos, já que continua a busca de corpos depois do ataque iniciado na noite de domingo e que continuou nas primeiras horas desta segunda-feira.
A operação, que até o momento não foi reivindicada, é a mais sangrenta desde o ataque ao centro comercial Westgate de Nairobi em setembro de 2013, reivindicado pelos shebab e que teve 67 mortos.
Cerca de 50 homens atacaram a localidade de Mpeketoni, a cerca de cem quilômetros da fronteira somali e a 30 quilômetros da cidade turística de Lamu, patrimônio mundial da Unesco.
Ao amanhecer, reinava a calma na localidade, segundo autoridades locais.
"Eram cinquenta rebeldes, fortemente armados, que estavam em três veículos. Eles empunhavam a bandeira do Shebab e falavam em somali. Gritavam "Allahu Akba" (Alá é o maior )", -declarou o chefe adjunto da polícia do departamento, Benson Maisori.
Vários hotéis, restaurantes, bancos e escritórios do governo ficaram completamente destruídos.
A cidade está localizada no continente a cerca de 30 quilômetros a sudoeste da ilha de Lamu, um destino turístico por excelência, de arquitetura antiga incluída pela UNESCO em sua lista do patrimônio mundial.
O porta-voz do Exército queniano, Emmanuel Chirchir, disse que os agressores invadiram a cidade e dispararam de seus veículos contra as pessoas que estavam ao longo do caminho.
Os insurgentes tentaram tomar o controle de um posto policial e seu arsenal, mas foram repelidos pelas forças de segurança, de acordo com Maisori. Cafés e bares estavam lotados, muitos clientes tinham ido assistir a Copa do Mundo pela televisão.
Ataques e atentados têm se multiplicado recentemente no Quênia, atribuídos aos islâmicos somalis shebab e seus simpatizantes no Quênia.
Os shebab têm ameaçado com represálias depois do Quênia ter mandado seu Exército combatê-los na Somália, em outubro de 2011. O Exército queniano se somou à força da União Africana que combate os islâmicos.
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