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Vítimas do ataque assumido pelo EI nesta segunda (8), que deixou mais de 70 mortos | Banaras Kahn/AFP
Vítimas do ataque assumido pelo EI nesta segunda (8), que deixou mais de 70 mortos| Foto: Banaras Kahn/AFP

Ao menos 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta segunda-feira (8) quando um terrorista suicida detonou os explosivos que carregava em meio a uma multidão reunida em sinal de luto em frente a um hospital no sudoeste do Paquistão. O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria, segundo anunciou a agência de notícias Amaq, um órgão de propaganda da organização extremista.

A explosão provocou um banho de sangue em frente ao setor de emergência do hospital civil de Quetta, onde 200 pessoas estavam reunidas para compartilhar seu pesar pelo assassinato poucas horas antes de um famoso advogado da região.

“Um suicida do Estado Islâmico detonou seu cinturão de explosivos durante uma reunião de funcionários do Ministério da Justiça e da Polícia paquistanesa na cidade de Quetta”, de acordo com a Amaq.

O exército foi mobilizado nos hospitais da cidade e em seus arredores, segundo as autoridades. Os corpos jaziam em meio a um mar de sangue e de cacos de vidro, e os sobreviventes, em estado de choque, tentavam se reconfortar mutuamente

“O balanço alcançou os 70 mortos e 112 feridos”, indicou à imprensa o doutor Masood Nausherwani, chefe dos serviços de Saúde da província do Baluchistão, cuja capital é Quetta.

Integrantes da equipe médica, abalados, se dirigiram rapidamente ao local do atentado para ajudar as vítimas.

Pervez Masi, que ficou ferido por fragmentos de vidro, indicou que a explosão foi tão potente que as pessoas presentes não entenderam o que estava acontecendo. “Muitos dos meus amigos morreram”, “as pessoas que fazem isso são animais”, afirma.

Trata-se do segundo atentado mais letal cometido no Paquistão neste ano, depois do ataque suicida que no fim de março matou 75 pessoas, entre elas muitas crianças, em um parque de Lahore (leste), onde a minoria cristã celebrava a Páscoa. Pouco depois o grupo talibã reivindicou o ataque contra o hospital.

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