Ao menos 12 membros das forças do governo sírio morreram nesta terça-feira (9) e outros 20 ficaram feridos em um ataque do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) contra o ônibus em que viajavam pela província de Homs, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A ação ocorreu quando o veículo trafegava pelo deserto de Palmira e causou a morte de ao menos 12 de seus ocupantes, enquanto mais de 20 tiveram que ser transferidos para hospitais da região com ferimentos de diversos graus.
O OSDH atribuiu o ataque aos combatentes do Estado Islâmico, embora neste momento nenhum grupo tenha ainda assumido sua autoria.
O grupo terrorista foi derrotado territorialmente na Síria em março de 2019, mas ainda mantém células ativas principalmente no vasto deserto central de Badia, onde ataca com relativa regularidade alvos do Exército sírio e de grupos que o apoiam.
Segundo dados do Observatório, ao longo de 2023 o grupo matou 693 pessoas em diferentes pontos do país e o grosso das mortes concentrou-se naquele deserto, onde perderam a vida 167 civis e 411 membros das tropas leais ao regime sírio, liderado por Bashar al-Assad.
A complexa orografia de Badia torna mais fácil ao EI fugir para diferentes esconderijos depois de lançar suas emboscadas, das quais os ônibus do Exército são alvos com relativa frequência.
Apesar do elevado número de vítimas infligidas no ano passado, o Estado Islâmico perdeu apenas 82 membros nesse período em diferentes ofensivas terrestres, bombardeios aéreos, assassinatos seletivos ou confrontos com opositores de diferentes matizes, de acordo com a ONG.