Mais de 60 pessoas, entre elas mulheres e crianças, foram executadas pelas forças do regime sírio entre esta sexta-feira (03) e este sábado (04) no bairro de maioria sunita de Ras al Nabaa, na cidade litorânea de Baniyas, denunciaram grupos de ativistas.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou em comunicado que foram encontrados 62 corpos nessa região, enquanto a Comissão Geral da Revolução Síria disse que o número de mortes é de 87.

Ras al Nabaa, de onde fugiram centenas de civis, foi primeiro sitiada e bombardeada pelas tropas leais ao presidente sírio, Bashar al Assad.

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Após este ataque, os milicianos pró-governo ou "shabiha" invadiram o bairro, reuniram aos moradores nas casas e praças e começaram as executá-los.

Ainda há corpos nas casas que não puderam ser retirados nem identificados devido à presença das forças governamentais, segundo os ativistas, que não descartam que o número de vítimas seja maior.

A Comissão disse que entre as vítimas há 22 mulheres e nove crianças, que morreram fuziladas ou degoladas.

Alguns corpos foram, além disso, queimados pelos milicianos, que dizimaram famílias inteiras, segundo o grupo opositor.

Mais cedo, grupos contrários ao regime informaram que centenas de civis haviam fugido de Baniyas em direção à cidade vizinha de Tartus devido aos bombardeios do regime.

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Em Baniyas há um certo equilíbrio demográfico entre sunitas e alauitas, sendo que estes últimos são predominantes no subúrbio.

Estes eventos ocorreram dois dias depois de a oposição síria ter denunciado a morte de pelo menos 150 pessoas em execuções sumárias na cidade de Al Baida, também na província de Tartus, durante um ataque cometido pelas forças leais ao regime.