![Ataque em missa católica deixa quatro mortos e dezenas de feridos nas Filipinas Sala da universidade filipina que sediava missa ficou destruída após ataque terrorista](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/12/03155551/missa-filipinas-960x540.jpeg)
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos, atribuiu neste domingo (3) a “terroristas estrangeiros” um ataque com explosivos ocorrido durante uma missa católica, que deixou pelo menos quatro mortos e 42 feridos em uma universidade no sul do país. “Condeno nos termos mais enérgicos possíveis os atos sem sentido e mais atrozes perpetrados por terroristas estrangeiros na Universidade de Mindanao, em Marawi, na manhã deste domingo”, declarou o presidente no X (antigo Twitter).
O chefe de Estado filipino, no entanto, não divulgou a nacionalidade nem a filiação a algum grupo armado dos autores do ataque, enquanto a polícia investiga o local do incidente para tentar esclarecer quem foi o responsável pelo atentado. “Os extremistas que cometem violência contra inocentes serão sempre considerados inimigos da nossa sociedade. Apresento as minhas mais profundas condolências às vítimas”, acrescentou Marcos, assegurando que mandou aumentar a segurança na região. “Tenham certeza de que levaremos à Justiça os autores deste ato cruel.”
A explosão ocorreu em um ginásio da Universidade de Mindanao onde era realizado um evento religioso, ao qual compareceram dezenas de pessoas. Em 2017, Marawi foi palco de um confronto sangrento depois que grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico (EI) tomaram parcialmente o controle da cidade. Durante cinco meses, o Exército filipino lutou rua por rua com os extremistas até conseguirem libertar a cidade, em uma batalha na qual morreram mais de 1.200 pessoas – 978 jihadistas, 168 soldados e 87 civis.
Com cerca de 20% da população muçulmana, a ilha de Mindanao, no sul, tem sido palco de conflitos entre o governo e vários grupos extremistas durante décadas, incluindo a organização jihadista Abu Sayaf e o Grupo Maute, ambos afiliados ao EI. A explosão em Marawi ocorreu dois dias depois de 11 supostos membros do grupo terrorista Dawlah Islamiyah e seu líder terem sido mortos em operações militares em uma área montanhosa da província de Maguindanao do Sul, no sudoeste de Mindanao.
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