Vista de construções destruídas na cidade de Aleppo, palco de embates violentos| Foto: George Ourfalian/Reuters
Um carro destruído por bombardeio ocorrido em Homs
Rebeldes sírios se preparam para confronto em Aleppo

O primeiro-ministro da Síria, Wael al Halqi, escapou ontem de um atentado contra o comboio em que viajava, em Damasco, no primeiro ataque terrorista contra o alto escalão do regime de Bashar Assad desde julho de 2012. Um guarda-costas, três agentes de segurança e dois civis morreram na ação contra o chefe de governo, que aconteceu no bairro de Mazzeh, um dos mais seguros e protegidos da capital síria. A área abriga prédios do governo, embaixadas e grandes empresas.

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Segundo o canal estatal Al Ikhbariya, o comboio que levava o chefe do governo foi atingido no meio do caminho para uma reunião em um prédio no bairro. O carro em que Halqi viajava ficou destruído, assim como foram afetados outros veículos e construções vizinhas.

Mesmo com o impacto da explosão, o primeiro-ministro saiu ileso do atentado. Mais tarde, a televisão estatal e a agência de notícias Sana mostraram imagens de Halqi em uma reunião, em sinal de que ele não se feriu após o ataque.

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Em nota divulgada pela emissora, ele disse que o atentado é "uma prova do desânimo e desespero dos grupos terroristas diante dos êxitos do Exército sírio no conflito". O opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou a ação, embora não tenha comentado sobre o estado de saúde do primeiro-ministro.

A ação desta segunda foi o primeiro atentado contra o alto escalão sírio desde a morte de quatro ministros do gabinete de Assad em 18 de julho de 2012. Entre eles, estava o ministro e o vice-ministro da Defesa, este último cunhado do ditador. Em dezembro, um carro atingiu o Ministério do Interior e feriu o então ministro Mohammed al Shaar. Outras seis pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas.

SuspeitaRússia condena o envio de missão da ONU para verificar armas químicas

O governo russo criticou o envio de uma missão de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria para verificar o uso de armas químicas, após as suspeitas de Israel, dos EUA e do Reino Unido.

O Kremlin comparou a situação à do Iraque, em que Washington justificou a intervenção contra o regime de Saddam Hussein pelo uso de armas de destruição em massa, o que depois não foi comprovado. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu autorização para investigar a existência do armamento. O novo atentado acontece em meio à continuidade dos confrontos na Síria, que acontecem há mais de dois anos. Segundo a ONU, mais de 70 mil pessoas morreram em território sírio desde o início dos combates, em março de 2011.

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O chanceler russo, Sergei Lavrov, condenou o atentado contra o premiê sírio e o atribuiu a "extremistas".