Pelo menos 68 pessoas foram mortas a tiros nesta sexta-feira por membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) enquanto coletavam trufas na província de Homs, no centro da Síria, segundo informou a agência de notícias oficial síria Sana. Todas as vítimas morreram com tiros na cabeça, enquanto pessoas que sobreviveram ao ataque apresentam ferimentos de vários graus causados por estilhaços, disse à Sana Walid Ode, diretor do Hospital Nacional de Palmira, para onde foram transferidos.
Os jihadistas atacaram o grupo de coletores na periferia da cidade de Al Sukhna, onde também atearam fogo em seus veículos, segundo um dos sobreviventes. Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que tem sede no Reino Unido e que conta com ampla rede de colaboradores sobre o território do país árabe, indicou que, do total de vítimas, 61 eram habitantes da área de Al Sukhna, ao leste de Homs, enquanto as outras sete eram membros do exército sírio, que estavam em um posto de controle na mesma localidade.
Segundo a ONG, o ataque do EI pode ser considerado “o mais sangrento desde o início do ano”. Este é o segundo incidente envolvendo coletores de trufas em menos de uma semana, depois que o EI sequestrou no domingo passado outro grupo de 75 pessoas em uma área diferente da mesma província. Os terroristas assassinaram pelo menos 16 deles nos dias seguintes ao sequestro, enquanto 25 foram libertados e os demais permanecem desaparecidos cinco dias depois, segundo o Observatório.
Nos últimos anos, houve vários sequestros e ataques armados contra cidadãos enquanto coletavam trufas em territórios onde ainda estão presentes remanescentes do Estado Islâmico. A formação jihadista foi derrotada territorialmente no país árabe em março de 2019, mas continua mantendo células ativas em vários pontos do vasto deserto de Badia, que lhes fornecem esconderijos para onde fugir após suas emboscadas, facilitando a sobrevivência desses grupos.
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