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Palestinos inspecionam área atacada por Israel em Al Mawasi, na Faixa de Gaza, em 13 de julho de 2024.
Palestinos inspecionam área atacada por Israel em Al Mawasi, na Faixa de Gaza.| Foto: Mohammed Saber/EFE/EPA

As Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram um bombardeio contra a cidade de Al Mawasi, declarada uma “zona humanitária” pelos militares israelenses, no sul da Faixa de Gaza. O ataque tinha como alvo comandantes do Hamas, grupo terrorista palestino responsável pelos ataques de 7 de outubro de 2023. Segundo as autoridades locais, vinculadas ao Hamas, pelo menos 71 pessoas morreram e mais de 280 ficaram feridas.

A imprensa israelense afirmou que o alvo do ataque era Mohamed Deif, comandante das Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas. Deif é considerado o número dois do grupo terrorista palestino na Faixa de Gaza, atrás apenas de Yahya Sinwar, e um dos principais autores dos ataques de 7 de outubro. Ainda segundo a imprensa israelense, ao lado de Deif estava outro membro de alto escalão do Hamas, Rafa’a Salameh, comandante da brigada Khan Younis.

Fontes palestinas afirmam que três mísseis atingiram o coração da área humanitária de Al Mawasi, a oeste de Khan Younis, onde residem milhares de palestinos deslocados à força no início da operação militar israelense em Rafah, também no sul da Faixa. O Exército de Israel, no entanto, disse que o ataque ocorreu em um complexo localizado em uma área aberta, rodeado de árvores e edifícios, e não nas tendas de Al Mawasi, onde estavam milhares de palestinos deslocados. As forças israelenses confirmaram que Deif era seu alvo.

O Crescente Vermelho Palestino disse que suas equipes de ambulância transportaram pelo menos 23 corpos e 102 feridos para hospitais da região. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que as equipes médicas ainda estavam tratando dos casos mais graves. Os moradores locais também transportam as vítimas para os hospitais em veículos, carroças puxadas por animais e nos próprios ombros.

Região já foi alvo de outros ataques; Israel destruiu armazém de parapentes do Hamas

Apesar da designação da área como “zona humanitária” e do fato de o regresso a Rafah ser impossível devido à intensidade dos combates na cidade, o Exército de Israel atacou alvos em Al Mawasi em diversas ocasiões. Também neste sábado, as forças israelenses confirmaram ter atacado na sexta-feira um trabalhador de uma ONG na zona costeira de Al Mawasi, acrescentando que ele era membro do Hamas. O homem, Hosam Mansur, trabalhava para a organização Al Khair, com sede no Reino Unido e que, segundo denunciou Israel em comunicado militar, “transfere fundos para organizações terroristas, sob o pretexto de atividades humanitárias”. De acordo com fontes médicas palestinas, pelo menos outras três pessoas morreram no ataque que vitimou Mansur, ocorrido em um armazém de ajuda humanitária na zona costeira de Al Mawasi, entre Rafah e Khan Younis.

Enquanto isso, os militares continuam a operar no sul de Gaza, onde na sexta-feira destruíram um armazém de parapentes do Hamas, de onde partiram alguns dos combatentes que se infiltraram em Israel durante os ataques de 7 de outubro. “Em ataques controlados no último dia, as tropas desmantelaram várias bocas de túneis terroristas e eliminaram vários terroristas do Hamas”, afirmou o Exército de Israel em um comunicado neste sábado.

Desde o início da guerra no enclave, pelo menos 38.300 palestinos morreram e milhares permanecem soterrados sob os escombros, a maioria deles mulheres e crianças, segundo as autoridades de saúde de Gaza, vinculadas ao Hamas.

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