O ataque do grupo armado Taleban a um tribunal de Farah, no oeste do Afeganistão, durou mais de sete horas, de acordo com informações publicadas pelo jornal The New York Times. Na ação, pelo menos 53 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, a maioria civis.
O governo local afirma que, entre os mortos, estão 34 civis, seis militares e quatro policiais que faziam a segurança do complexo governamental. Nove terroristas morreram, incluindo dois suicidas que detonaram bombas no início da investida. O ataque é um dos maiores em mais de dez anos da Guerra do Afeganistão e o maior no país desde 2011, quando 58 pessoas morreram num atentado suicida numa mesquita xiita na capital Cabul.
O Times afirma que os insurgentes atacaram o local e mantiveram alguns funcionários reféns, sendo que alguns deles foram mortos. A polícia e o governo local não confirmam a versão do sequestro e dos reféns.
Os agentes afegãos dizem que os militantes do Taleban queriam libertar 15 réus que iriam depor na corte. Os insurgentes, vestidos como soldados afegãos, conseguiram entrar no complexo governamental com jipes militares, que foram liberados. Não há informações se os veículos eram roubados ou se algum agente de patrulha teve participação no incidente.
O chefe da polícia provincial, Agha Noor Kemtoz, disse que dois dos terroristas detonaram os explosivos que carregavam consigo, enquanto outros dois se dirigiram à corte e ao escritório do promotor.
Os guardas abriram fogo, matando um dos criminosos, enquanto os outros trocaram tiros com os agentes. Ele disse que a maioria dos mortos eram funcionários civis da Justiça e do governo afegão, que estavam em seus escritórios.
A polícia informou que nenhum dos prisioneiros que esperava para depor fugiu durante a ação, mas o Taleban diz que dez dos 15 detentos foram libertados.