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Violência

Ataque mata general e mais três pessoas no Egito

Pelo menos quatro pessoas morreram e 26 ficaram feridas no Egito nesta sexta-feira (28) em um ataque a uma comitiva militar e na repressão a protestos de islamitas contra o governo do presidente Abdel Fattah al-Sisi.

Segundo o Ministério da Defesa, um general e um soldado foram mortos por atiradores não identificados que dispararam contra os militares em um estacionamento de Gesr al-Nasr, no Cairo.

A ação ocorreu horas antes dos protestos, que foram convocados pela Frente Salafista, movimento islâmico que pede a queda do governo e apoia Mohammed Mursi, presidente deposto por militares comandados por Sisi.

As maiores mesquitas do Cairo e do interior do país foram cercadas pelas forças de segurança. Na saída, os que tentavam protestar eram reprimidos pelos agentes.

A maior mobilização ocorreu na saída da mesquita de Matariya, bairro da capital, que reuniu 200 pessoas. Na repressão, pelo menos dois manifestantes foram baleados e mortos pelos agentes.

O Ministério da Defesa afirma que as forças de segurança tiveram que disparar porque manifestantes atiraram contra eles. Testemunhas negam, porém, que os fiéis estivessem armados.

O governo confirmou a prisão de 224 pessoas que tentaram protestar em mesquitas de todo o país, além da apreensão de oito bombas que, segundo as autoridades, seriam usadas em atentados.No norte do país, um policial foi baleado em tiroteio em Alexandria e quatro agentes ficaram feridos em uma troca de tiros em Sharquiya.

Repressão

Desde a queda de Mursi, em julho de 2013, os islamitas sofrem com a repressão da junta militar e do governo de Sisi, eleito em junho. Mais de 2.000 pessoas morreram em atos contra e a favor do golpe de Estado.

A repressão seguiu com a prisão e julgamento dos líderes da Irmandade Muçulmana, à qual pertencia Mursi, e que foram criticados pela comunidade internacional.

No fim do ano passado, o movimento foi considerado terrorista. O governo também exige autorização para a realização de protestos, quase sempre indeferidas para atos convocados por islamitas. A exigência não foi derrubada quando Sisi assumiu.

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