Caçado há pelo menos dois anos pela Agência Central de Inteligência (CIA), o maior propagandista de ataques terroristas contra os Estados Unidos, Anwar al-Awlaki, foi morto na manhã de na sexta-feira (30) no Iêmen durante operação de um avião americano não tripulado. Americano e filho de um ex-tecnocrata iemenita, o religioso radical islâmico de 40 anos estava na lista dos líderes da Al-Qaeda mais procurados pelas forças dos EUA.
A morte de Al-Awlaki reforçou a aposta da Casa Branca na nova estratégia de contraterrorismo, segundo a qual a mobilização de tropas deve dar lugar a operações militares e de inteligência na busca aos líderes da Al-Qaeda. Em maio, os EUA usaram pela primeira vez um avião não tripulado no Iêmen. Al-Awlaki era o alvo. Hoje, o aparelho disparou um míssil contra o veículo no qual ele se deslocava.
A ação reforça a aliança do governo Obama com o do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, há 33 anos no poder. Alvo de protestos populares e da oposição, Saleh reafirmou em entrevista publicada hoje sua decisão de não renunciar (mais informações ao lado). Também advertiu os EUA sobre os riscos de seu lugar vir a ser ocupado por aliados da Al-Qaeda. Os EUA teriam planos de instalar na Península Arábica uma base de operações com aviões não tripulados para agir, sobretudo, no Iêmen. O ataque foi comemorado pelo governo de Barack Obama como a segunda maior vitória neste ano, depois da morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, em maio no Paquistão.
Na ação de hoje também foi morto o americano radicado no Iêmen Samir Khan, coeditor da Inspire, revista online em inglês divulgadora do ideário extremista islâmico. Sua última edição celebrou os ataques de 11 de setembro de 2001. "A morte de Al-Awlaki é um golpe no mais ativo militante da Al-Qaeda. Ele era o líder das operações externas da Al-Qaeda na Península Arábica. Nessa função, liderou esforços para assassinar americanos inocentes", declarou Obama.
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