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Sanna, Iêmen – Ao menos nove pessoas morreram ontem num atentado a um sítio turístico no Iêmen, país muçulmano na península Arábica. Um carro-bomba explodiu diante do templo de Mahram Belques, na cidade iemenita de Marib, matando seu ocupante, sete turistas espanhóis e dois iemenitas – um guia e um tradutor.

Embora não tenha sido reivindicada por nenhum grupo, o governo iemenita atribuiu a autoria do atentado à rede terrorista Al Qaeda. Segundo autoridades do país do Oriente Médio, a explosão do carro-bomba deu-se perto de um comboio de quatro jipes com turistas que deixavam as ruínas do templo, construído há cerca de 3.000 anos em homenagem à rainha de Sabá e localizado 140 km a leste da capital do Iêmen, Sanaa. O ataque fez ainda mais seis feridos, todos espanhóis.

Segundo o governo espanhol, as vítimas integravam um grupo de 13 turistas bascos e catalães. Os mortos e feridos foram levados hoje mesmo a Sanaa. O Ministério das Relações Exteriores da Espanha, que afirmou que enviará um avião ao Iêmen para os trazer de volta, não divulgou suas identidades. Segundo médicos iemenitas de Sanaa, dos seis feridos só uma mulher está em estado grave.

Seqüestros

A região de Marib é conhecida por ser abrigo de terroristas supostamente ligados à Al Qaeda. Também por ser local de freqüentes seqüestros de turistas – foram maios de cem desde os anos 90 –, era evitado por estrangeiros, mas recentemente a área se tornou mais calma e os turistas recomeçaram a visitar o templo e as imediações.

Outros atentados recentes foram atribuídos à Al Qaeda pelo governo do Iêmen, terra de origem da família do terrorista saudita Osama bin Laden.

Em outubro de 2000 um contratorpedeiro americano foi atingido por um barco-bomba no porto iemenita de Aden. No ataque morreram 17 marinheiros. O idealizador da operação foi Khaled Sheikh Mohammed, também por trás do 11 de Setembro.

Em setembro de 2006, segundo autoridades iemenitas, atentados frustrados contra duas refinarias de petróleo terminaram na morte de quatro homens-bomba e um agente de segurança do Iêmen.

Um outro ataque, no último dia 23 de junho, fez a embaixada dos EUA recomendar aos cidadãos americanos que evitassem ir para a Província de Shabwa. Um iemenita abriu fogo contra um grupo de funcionários estrangeiros de uma companhia petrolífera, matando um deles e ferindo outros cinco – sendo um americano.

A região geopolítica conhecida como Chifre da África, que engloba o Iêmen, é considerada estratégica pelos EUA para conter o terrorismo islâmico. Washington teme que países da região se tornem refúgios para grupos ligados à Al-Qaeda. Os governos locais recebem ajuda financeira de Washington.

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