Pelo menos 21 pessoas, incluindo crianças, foram mortas e alguns corpos foram mutilados em um ataque de "extrema brutalidade" no Leste da República Democrática do Congo, informou hoje (16) a missão da ONU no país.
A maioria das vítimas foi assassinada, com armas brancas, na sexta-feira (13) e no sábado (14), nas aldeias Musuku e Mwenda, na província de Kivu do Norte.
Uma nota da missão se refere, sem mencionar os supostos autores do ataque, que três meninas foram violentadas por assaltantes, antes de serem decapitadas. O corpo mutilado de uma criança foi encontrado em uma árvore, na aldeia de Musuku.
O movimento mais representativo da província, a Sociedade Civil de Kivu do Norte, disse que "a carnificina foi perpetrada por rebeldes ugandeses da ADF-Nalu".
A organização, que integra associações, organizações não-governamentais e sindicatos, apelou ao Exército congolês e à missão das Nações Unidas para que lancem "operações de perseguição contra ADF-Nalu, com vista a libertar a zona".
A missão da ONU, que já exigiu a abertura de um inquérito, indicou que reforçou o patrulhamento na zona e que usará "todos os meios necessários para assegurar a proteção da população".
O comunicado da ONU é divulgado no dia em que cerca de 2 mil refugiados centro-africanos chegaram à cidade de Zongo, no Norte da República Democrática do Congo, apesar do fechamento da fronteira centro-africana, para fugir da violência que atinge a República Centro-Africana desde 5 de dezembro, adiantou à agência AFP a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados em Kinshasa, Céline Schmitt.
Segundo a porta-voz, o campo de Mole, em Zongo, tem quase 6 mil refugiados centro-africanos.
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