Militantes paquistaneses explodiram neste domingo (27) a casa de uma autoridade governamental na região de Kurram, na fronteira com o Afeganistão, matando ele e outras cinco pessoas, disseram o governo local e autoridades de segurança.
O ataque, na região de Sadda, que matou a autoridade local Sarfraz Khan, além de seu filho, aparentemente é parte de uma campanha de violência realizada por militantes ligados à Al Qaeda para combater o governo civil do presidente Asif Ali Zardari, visto como aliado dos Estados Unidos.
A segurança foi reforçada em todo o país para a Ashura, o maior evento do calendário muçulmano xiita e um ambiente próspero para ataques de sunitas nos últimos anos.
O ataque deste domingo, ocorrido antes do amanhecer, não está relacionado com a violência sectária no Paquistão, país predominantemente sunita, e pode ser uma reação a uma operação em andamento para combater militantes do Taliban na região, disseram autoridades.
"Explosivos foram colocados perto dos muros da casa e detonados no início da manhã, matando seis pessoas", disse à Reuters a autoridade governamental local Khalid Mumtaz Kundi.
"Não está relacionado ao Moharram, e pode ser uma reação à ação militar", afirmou, referindo-se ao primeiro mês do calendário islâmico.
A violência no país se intensificou desde julho de 2007, quando o Exército retirou militantes de uma mesquita radical em Islamabad. Uma das vítimas da violência foi a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada ao retornar para o país depois de um auto-exílio.
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