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violência

Ataque no Sudão do Sul deixa mais de cem mortos

Pelo menos 116 pessoas morreram em um ataque de milicianos tribais contra criadores de gado do clã Alaunuir no Sudão do Sul, no Estado de Yonglei, segundo informou hoje o governador da província, Kuol Manyang.

Em entrevista à televisão oficial do Sudão do Sul, Manyang explicou que o ataque foi lançado na sexta-feira passada por homens armados da tribo Al Morley, contrária ao governo do país.

Os criadores levavam o gado escoltados por soldados do Exército. O dirigente informou que 102 civis e 14 militares morreram. "Eles foram atacados por pessoas em grande força. Muitas crianças e mulheres estão desaparecidas", afirmou Manyang.

Trata-se da pior demonstração de violência no estado desde que 900 pessoas foram mortas no local em ataques tribais ligados a disputas por gado em 2011, disse a Organização das Nações Unidas (ONU).

O ministro de Informação, Barnaba Marial Benjamin, disse que a atividade dos rebeldes e a tensão entre as distintas tribos aumentaram nos último dias em Yonglei.

Benjamin apontou que o Exército está investigando o ataque dos milicianos e que o governo não divulgou um número preciso de vítimas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha enviou uma equipe médica para tratar os feridos.

As autoridades do Sudão do Sul advertiram recentemente sobre o aumento dos atos de violência entre as tribos Murle e Lou Nuer, que em janeiro deixaram cerca de 150 mortos e obrigaram o deslocamento de mais de 60 mil pessoas.

Situado no leste do país, Yonglei acolhe em seu vasto território tribos como a Dinka Boor, Anyuak, Jie, Murle e Lou Nuer, que apesar coexistir há anos na mesma zona, se viram submergidas em uma espiral de violência desde a independência do Sudão do Sul em julho de 2011.

Os choques entre as distintas tribos são motivados principalmente pela propriedade do gado e do território utilizado para o pastoreio e a migração.

Mais de 1.500 pessoas foram mortas em Jonglei desde a independência, de acordo com a ONU.

O Sudão do Sul acusa ainda o Sudão de fornecer armas e munição para os rebeldes, acusação negada por Cartum.

A violência em Yonglei está atrapalhando planos do governo de explorar uma grande concessão de petróleo com a ajuda da francesa Total.

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