Pelo menos 17 civis morreram e outros 39 ficaram feridos nesta terça-feira (11) depois que um terrorista suicida detonou uma carga explosiva junto a um ônibus usados por funcionários da Suprema Corte em Cabul, informou à Agência Efe uma fonte policial.
O autor do ataque, que se encontrava em um veículo, ativou os explosivos por volta das 16h30 locais (9h de Brasília) na região de Masoud Square, onde se encontra a embaixada dos Estados Unidos, afirmou o subchefe da polícia de Cabul, Dawood Amin.
Um porta-voz do Ministério de Interior do Afeganistão, Mohammed Nazir Danish, detalhou à Agência Efe que entre os mortos havia mulheres e crianças e que a polícia está fazendo o possível para transferir os feridos ao hospital mais próximo.
Os talibãs reivindicaram o atentado através de um de seus porta-vozes, Zabiulá Mujahid, que assegurou à Agência Efe que "dois suicidas detonaram os explosivos que levavam no momento em que os funcionários da Suprema Corte deixavam o edifício".
Além de reivindicar o ataque, Mujahid elevou o número de mortos a 50, qualificando as mesmas de "empregados opressores da Suprema Corte".
Este é o segundo ataque de envergadura realizado pelos insurgentes na capital afegã nesta semana, já que ontem um comando talibã efetuou um contra o aeroporto da capital afegã, uma ação que resultou na morte de sete terroristas.
Os atentados suicidas, junto com os artefatos explosivos improvisados, são os métodos mais recorrentes dos talibãs para fazer frente contra as forças afegãs e internacionais, embora, na prática, estas ações tenham causado um elevado número de vítimas civis.
Segundo a missão da ONU no Afeganistão (Unama), a guerra afegã causou 2.499 vítimas civis somente nos primeiros cinco meses do ano, o que supôs um aumento de 24% em relação ao mesmo período do último ano.
O processo de retirada das tropas internacionais no Afeganistão se encontra em andamento e, segundo os prazos previstos, deve ser concluído em 2014, apesar da violência no país continuar intensa.