Ataque russo a mercado mata 17 na Ucrânia; secretário de Estado dos EUA anuncia ajuda de US$ 1 bilhão

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No dia em que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, inicia uma visita de dois dias à Ucrânia, ao menos 17 pessoas morreram e outras 32 ficaram feridas como consequência de um ataque russo contra o mercado central de Kostiantinivka, na província de Donetsk, no leste do país, informou nesta quarta-feira (6) a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

“O inimigo chegou ao mercado central de Kostiantinivka, na região de Donetsk”, afirmou a agência, que cita como fonte a Administração Militar desta região parcialmente ocupada pela Rússia, por onde passa a linha de frente.

O massacre foi condenado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que publicou juntamente à sua mensagem um vídeo mostrando o momento do ataque e alguns dos seus efeitos devastadores no mercado.

“Um mercado normal. Lojas. Uma farmácia. Pessoas que não fizeram nada de errado. Muitos feridos. Infelizmente, o número de mortos e feridos pode aumentar”, escreveu Zelensky, que criticou em sua mensagem aqueles que “ainda tentam” contemporizar com a Rússia. “Significa fechar os olhos para esta realidade”, acrescentou.

O presidente ucraniano qualificou de “desumano” e “perverso” este novo ataque letal das forças russas contra a população civil ucraniana.

Antes de um encontro com Zelensky em Kiev, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba. Informações da imprensa americana apontam que, após o encontro com o presidente ucraniano, será anunciado um novo pacote de ajuda militar e humanitária de US$ 1 bilhão à Ucrânia.

“Queremos ter certeza de que a Ucrânia tem o necessário, não apenas para ter sucesso na contraofensiva, mas a longo prazo, para garantir que tenha um forte poder de dissuasão”, disse Blinken.

A visita do secretário é a primeira de um alto representante do governo americano desde o início da contraofensiva ucraniana, deflagrada em junho e que vem sendo criticada pela lentidão no seu avanço. (Com Agência EFE)