Um menino de 12 anos usando uniforme escolar desfechou nesta quinta-feira um ataque suicida contra um centro de recrutamento militar em Mardan, noroeste do Paquistão, causando a morte de 31 cadetes.
Pelo menos outros 20 ficaram feridos.
O atentado contraria a afirmação do governo paquistanês, de que as ações repressivas do Exército enfraqueceram os militantes, pois indica que os grupos armados da região estão se reorganizando após um período de calmaria.
Nos últimos meses, os atentados no país vinham sendo, na maior parte, de fundo sectário, e não tinham como alvo os militares.
Aparentemente, o menino entrou a pé no centro de recrutamento, disseram funcionários.
"Parece que o Taleban ainda é uma força muito potente porque continua a atacar instalações, mesmo após um período de calmaria", disse o ex-general Talat Masood.
O Exército do Paquistão vem realizando uma série de ofensivas contra insurgentes do Taleban ligados à rede Al-Qaeda, mas as operações em áreas tribais, onde o Estado não consegue impor a lei, mas não vêm conseguindo deter a determinação dos militantes de desestabilizar o governo, apoiado pelos Estados Unidos.