Um atentado suicida atingiu um ônibus que transportava membros da Guarda Revolucionária do Irã, matando ao menos 20 pessoas da corporação de elite.
O ônibus trafegava por uma rodovia perto da cidade de Chanali, no sudeste do Irã, na província de Sistan-Baluchistan, informou a agência estatal de notícias Fars nesta quarta-feira, citando autoridades. Outras 20 pessoas que estavam a bordo do ônibus ficaram feridas, segundo a agência. A Fars informou que os passageiros eram “funcionários de turno”, mas não forneceu detalhes de posição deles.
Segundo a agência de notícias, uma nota divulgada pela corporação menciona que os terroristas detonaram um caminhão carregado com materiais explosivos quando o ônibus passava. Havia cerca de 40 membros da Guarda Revolucionária no veículo atingido.
Não foi possível saber imediatamente quem poderia ter realizado o ataque. Em setembro do ano passado, militantes do Estado Islâmico e um grupo árabe reivindicaram a responsabilidade por um ataque mortal a uma parada militar, também no sul do país, que matou e feriu dezenas de pessoas, incluindo membros das Guardas.
O ataque desta quarta-feira, um dos mais letais já realizados contra a força militar de elite, ocorre no momento em que o Irã tenta se defender do que considera uma guerra liderada pelos Estados Unidos contra sua economia depois que Washington novamente impôs pesadas sanções contra o país. A República Islâmica também está envolvida em um confronto indireto com a Arábia Saudita e Israel em todos os conflitos regionais, da Síria ao Iêmen.
Uma reunião promovida pelos EUA e realizada em Varsóvia, Polônia, nesta semana busca, em parte, construir apoio aos esforços americanos para impedir a influência iraniana no Oriente Médio.
O Irã não foi convidado para a conferência internacional na Polônia, que tratará da paz e segurança no Oriente Médio. Representantes de mais de 30 países devem participar do encontro.
Embora a violência e os atentados a bomba não sejam incomuns nas fronteiras ocidentais e orientais do Irã – vizinhas de Iraque e Afeganistão, respectivamente – ataques audaciosos e organizados que visam diretamente aos serviços de segurança da República Islâmica são raros.