Um militante explodiu a si mesmo em uma delegacia de polícia no Vale do Swat, no noroeste do Paquistão, matando 12 cadetes no segundo ataque do tipo na área nas últimas semanas, disse uma alta autoridade do governo neste domingo (30).

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O Exército realiza uma ofensiva na região desde abril e matou ou expulsou muitos militantes do Taleban, uma operação amplamente vista como bem sucedida, mas os ataques mostram que os militantes podem revidar.

"Estava havendo um treinamento quando um homem-bomba disfarçado de recruta entrou no prédio e se explodiu", disse à Reuters Mian Iftikhar Hussain, ministro da Informação da Província da Fronteira Noroeste onde Swat está localizado.

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"Temos relatos de que 12 foram mortos" no ataque na importante cidade de Mingora, disse ele.

O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani condenou as mortes, mas disse que o governo está determinado a lutar contra os militantes.

"Não vamos permitir que os inimigos do país tenham sucesso em seus propósitos malignos", teria dito ele segundo um comunicado emitido de seu escritório.

A ofensiva militar do Paquistão havia apaziguado os temores de seus aliados, em particular os EUA e outros países com tropas no vizinho Afeganistão, de que o país detentor de arsenal nuclear estava fracassando na contenção da crescente violência islâmica.

Mas analistas de segurança disseram que os militantes aliados à Al Qaeda e ao Taleban ainda representam uma séria ameaça ao Paquistão.

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Um homem-bomba matou 22 guardas de fronteira paquistaneses na quinta-feira (27) em um ataque ao principal posto de passagem para o Afeganistão a oeste da Passagem de Khyber.

Foi o primeiro grande ataque no Paquistão desde que Baitullah Mehsud, chefe do Taleban local, foi morto em um ataque a míssil dos EUA em 5 de agosto e criou temores de uma retaliação dos militantes.

Cinco soldados paquistaneses foram mortos em um ataque suicida em um ponto de passagem no Vale do Swat em 15 de agosto.

A morte de Mehsud, acusado de uma série de ataques suicidas no Paquistão, incluindo o que matou a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto em dezembro de 2007, é vista como um golpe duro no Taleban paquistanês.

Os militantes indicaram Hakimullah Mehsud, um auxiliar de Mehsud, como novo líder de uma aliança de 13 grupos militantes conhecida como Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), ou Movimento Taleban do Paquistão. O grupo militante lutando no Sawt é parte do TTP.

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Hakimullah foi descrito como um comandante jovem e agressivo, e autoridades de segurança e analistas dizem ser preciso esperar para ver se ele pode manter o TTP tão forte e unido como era sob Mehsud em meio a relatos de rivalidade com um comandante que tem o controle do reduto de Mehsud no Waziristão do Sul.

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