Mortes
Em seis anos de violência entre palestinos e israelenses, mais de 500 pessoas morreram em 120 ataques suicidas contra Israel. Confira alguns dos principais atentados ocorridos desde 2001:
Abril de 2006: 11 israelenses morrem em um atentado em Tel Aviv.
Dezembro de 2005: um suicida se explode em um shopping em Netanya, matando cinco pessoas.
Julho de 2005: um terrorista se explode em um shopping em Netanya, matando cinco.
Fevereiro de 2005: no primeiro ataque após uma trégua, um suicida se explode contra um multidão perto de uma casa noturna em Tel Aviv, matando quatro pessoas.
Agosto de 2004: dois suicidas se explodem em ônibus em Beersheba, matando 16.
Janeiro de 2004: uma explosão em um ônibus em Jerusalém, deixa 11 mortos.
Outubro de 2003: ao menos 19 morrem em explosão em Haifa.
Agosto de 2003: explosão em ônibus de Jerusalém mata 23.
Janeiro de 2003: dois suicidas atingem uma passarela em Tel Aviv matando 23.
Junho de 2002: ataque em Jerusalém mata 19 pessoas.
Março de 2002: um total de 29 pessoas morrem em atentado em um restaurante em Netanya.
Dezembro de 2001: ataque contra ônibus em Haifa mata 15.
Julho de 2001: explosão em danceteria em Tel Aviv mata 21 jovens.
Jerusalém O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, classificou ontem o ataque suicida na cidade de Eilat como uma "escalada" que ameaça o cessar-fogo que vinha sendo mantido há dois meses com os palestinos. O atentado suicida o primeiro em nove meses em território israelense deixou três mortos em uma padaria neste balneário turístico do Mar Vermelho, no sul do país.
Peretz afirmou que convocaria uma reunião de emergência para discutir uma resposta ao ataque. "Está claro que grupos extremistas estão fazendo tudo o que podem para acabar com o cessar-fogo", disse ele. "Nós definitivamente precisaremos tomar as medidas necessárias. Este é um incidente grave, é uma escalada, e teremos que tratá-la como tal."
Ainda assim, o ministro que é líder do moderado Partido Trabalhista afirmou que pretende distinguir os palestinos extremistas dos moderados.
Israel não sofria com atentados suicidas havia nove meses. A explosão da manhã de ontem ocorreu em um normalmente tranqüilo balneário turístico, localizado no extremo sul de Israel, à beira do Mar Vermelho, e próximo às fronteiras com a Jordânia e o Egito. Isolado das grandes cidades por centenas de quilômetros, Eilat era considerado um local imune do conflito entre israelenses e palestinos.
Dois grupos palestinos a Jihad Islâmica e as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa reivindicaram a autoria do ataque. Já o Hamas, que lidera o governo palestino, considerou o ataque "uma resposta natural à presença de militares israelenses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza".
Além de Peretz, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, também afirmou que o ataque dificultará a manutenção de uma trégua em Gaza acertada com a liderança do Hamas. Olmert prometeu continuar com o "permanente e nunca terminado embate com os terroristas".
Tanto a Jihad Islâmica quanto as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa disseram que o ataque tinha por objetivo pôr um fim aos enfrentamentos internos que já deixaram mais de 60 palestinos mortos na Faixa de Gaza desde dezembro. Ontem, ao menos quatro pessoas morreram nas brigas entre o Fatah e o Hamas as duas facções palestinas rivais que disputam o poder nos territórios autônomos.
A Jihad islâmica identificou o homem-bomba como Mohammed Saksak, um jovem de 21 anos residente na Cidade de Gaza. A família de Saksak anunciou que o rapaz deixou sua casa há três dias e desde então não retornou.
Testemunhas disseram que o atacante chamou a atenção porque usava um pesado casaco de inverno em um dia quente e ensolarado. A polícia afirmou, entretanto, que ao invés de presa ao corpo do suspeito, como de costume, a bomba estava localizada em uma sacola carregada por Saksak. Partes de corpos e estilhaços de vidro podiam ser visto pelo local da explosão.
Um porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse ontem que os ataques a Israel eram preferíveis à recente onda de violência entre as facções palestinas.
Cessar-fogo
O Hamas e o Fatah decretaram ontem um cessar-fogo que entrará em vigor hoje, anunciou o ministro das Relações Exteriores palestino, Mahud al Zahar. O cessar-fogo, se respeitado, significará uma pausa após quatro dias de violentos confrontos entre as duas facções.
O anúncio do cessar-fogo foi feito após uma reunião, em Gaza, entre o premier palestino, Ismail Haniyeh (do Hamas) e Rawhi Fattu, representante de Abbas.
Horas antes, explosões perto do escritório e da residência de Haniyeh levaram o Hamas a anunciar a suspensão da reunião.
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