Um ataque com explosivos e facas deixou hoje nesta quarta-feira (20) menos três mortos e 79 feridos numa estação de trem de Urumqi, capital e maior cidade da província de Xinjiang, no noroeste da China, segundo a mídia estatal do país.
O atentado à estação ocorreu no mesmo dia em que o presidente da China, Xi Jinping, concluía uma visita de quatro dias à região não ficou claro, porém, se ele ainda estava em Xinjiang quando as explosões aconteceram.
De acordo com a Xinhua, a agência oficial chinesa, Xi prometeu tomar "ações decisivas" contra esse tipo de ataque e afirmou que o governo adotará a estratégia de "atacar primeiro" os terroristas.
O site do governo da província relatou que uma bomba explodiu por volta das 19h10 (horário local) na saída de passageiros da estação.
"Conforme investigações iniciais, os atacantes usaram facas para apunhalar as pessoas na saída da estação e detonaram os explosivos ao mesmo tempo", disse o site.
A circulação de trens foi suspensa por duas horas e retomada apenas depois que policiais armados ocuparam o local. Fotos que circularam brevemente por redes sociais chinesas antes de serem retiradas do ar mostravam bagagens espalhadas perto da saída da estação ferroviária.
Segundo a Xinhua, o artefato que provocou a explosão foi deixado numa mala entre a saída da estação e um ponto de ônibus. Até a conclusão desta edição, a mídia c hinesa não informara se suspeitos do ataque haviam sido presos.
O governo provincial de Xinjiang descreveu a ação como "violento ataque terrorista", mas disse que a situação estava sob controle e os feridos recebiam tratamento.
Separatismo
Região chinesa onde se concentra a etnia muçulmana uigur, Xinjiang tem registrado casos de ataques atribuídos a separatistas uigures.
No início de março, o governo atribuiu a esses grupos a ação de cinco pessoas que esfaquearam e mataram ao menos 29 na estação ferroviária de Kunming, no sudoeste.
O aumento das tensões na região, porém, remonta a pelo menos 2009, quando o governo esmagou uma revolta na cidade de Urumqi e deixou 200 mortos, de acordo com os números oficiais.
"A violência em Xinjiang tendia a atingir forças do governo. Um ataque a bomba a civis seria um desvio alarmante do padrão", disse Rian Thum, especialista da Loyola University (EUA), à agência Associated Press.
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