Uma dezena de atentados no Iraque mataram 55 pessoas neste domingo, com o primeiro-ministro preparando viagem a Washington para pedir ajuda do presidente Barack Obama para enfrentar a onda de violência sectária alimentada pela guerra civil na Síria.
Assassinatos, a maioria atribuídos pelo governo liderado por membros da Al Qaeda, estão ocorrendo em taxas diárias não vistas em cinco anos e Nuri al- Maliki vai pedir a Obama na sexta-feira para acelerar as entregas prometidas de jatos que ele acredita poder ajudar a estancar o processo.
As próprias forças de segurança iraquianas, treinadas e equipadas pelas tropas norte-americanas que se retiraram no final de 2011, após uma ocupação de nove anos, têm sido incapazes de impedir uma onda de violência que tomou o número de mortos civis até agora neste ano para cerca de 7 mil.
Neste domingo, a polícia registrou 11 veículos explodindo, principalmente em áreas de muçulmanos xiitas e em torno de Bagdá, matando 41 pessoas em uma série de explosões aparentemente coordenados típicas da al Qaeda.
Mais 14 pessoas foram mortas quando um suicida dirigiu-se a uma linha de soldados à espera de recolher o seu salário de um banco na cidade de Mosul e detonou seu carro.
Não houve reivindicações imediatas de responsabilidade.
No pior dos ataques na região de Bagdá, dois carros-bomba explodiram em momentos distintos perto de um movimentado mercado na cidade de Nahrawan, ao sul da capital, matando sete.
Em Baladiyat , onde outro carro-bomba matou três pessoas , uma mulher que vive nas proximidades falou de um início terrível para a semana de trabalho: "Eu estava tomando meu café da manhã quando uma poderosa explosão sacudiu o edifício, quebrando a janela do meu apartamento e cobrindo a mesa de jantar com o vidro", disse Suad Ahmed .
"Eu estava apavorada. Ouvi mulheres e crianças gritando ao lado. Comecei a chorar . Tive medo da morte".
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