Os ataques contra civis em Aleppo são uma “violação inaceitável do Direito Internacional Humanitário”, disseram líderes da União Europeia (UE) neste sábado (24), como pedido para que a comunidade internacional intensifique seus esforços para pacificar a área.
“O sofrimento indiscriminado que está sendo causado aos civis (...) é uma violação inaceitável do Direito Internacional Humanitário”, manifestaram, em nota, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e o comissário europeu para a Ajuda Humanitária, Christos Stylianides.
Ambos denunciaram os bombardeios e o “ataque deliberado” contra um comboio de ajuda humanitária na semana passada, assim como os “cortes no abastecimento de água à maioria dos civis que permanecem na cidade”.
De acordo com funcionários das Nações Unidas, dois milhões de civis ficaram sem acesso à água, em consequência de ataques cruzados, quando o governo atacou uma estação de bombeamento de água, e os rebeldes - em represália - atacaram outra estação que abastecia um setor diferente da cidade.
No comunicado divulgado em Bruxelas, Mogherini e Stylianides qualificam o sofrimento causado aos civis com esses ataques como “uma afronta” ao mundo inteiro. Ambos também pediram àqueles que têm influência sobre o governo sírio e àqueles que têm laços com a oposição armada que “apliquem maior pressão para deter esses ataques”.
Ao longo de cinco anos, o conflito na Síria deixou mais de 300 mil mortos e milhões de desabrigados.