Bagdá (Folhapress) Ao menos 21 pessoas morreram no fim da tarde de ontem em um atentado com veículos-bomba perto de dois hotéis em Bagdá usados por jornalistas estrangeiros. Entre os mortos, havia seis civis, conforme informações preliminares.
O assessor de Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al Rubaei, definiu o ataque como uma tentativa "muito clara" de tomar o hotel e fazer os jornalistas reféns. Um dos hotéis, o Palestine, sofreu danos, mas não teve sua estrutura seriamente afetada.
"Três carros vieram por três ruas diferentes, em uma sucessão que visava abrir brechas de segurança para os terroristas. Eles (os terroristas) estavam armados com granadas-foguetes e armas leves", disse Rubaei. "Para nós, o plano ficou claro: tomar o controle dos dois hotéis, fazer dos jornalistas estrangeiros e árabes reféns e usá-los de moeda de troca." Para a organização Repórteres sem Fronteiras, "o atentado prova que os jornalistas se tornaram um alvo no Iraque".
Um representante do governo americano em Washington afirmou que nenhuma das vítimas que morreram estava nos hotéis no momento do ataque. Sete pessoas no Palestine foram feridas. Segundo Al Rubaei, pelo menos 40 pessoas foram feridas, sobretudo transeuntes. O vice-ministro do Interior, Hussein Kamal, disse que ao menos quatro policiais iraquianos estão entre os mortos.
Além de uma betoneira-bomba, outros dois carros explodiram momentos antes, quase simultaneamente, aparentemente numa tentativa de desviar as atenções um deles atrás da 14.ª mesquita Ramadã, no lado oposto da mesma praça, e outro diante de um posto policial nas imediações.
A última vez que o Palestine foi atacado foi em outubro de 2004. Antes, durante a guerra, o hotel havia sido atingido por um tiro disparado por um tanque americano. Dois cinegrafistas, um ucraniano e um espanhol, morreram.
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