Pelo menos 23 pessoas, entre elas 14 mulheres, morreram em dois ataques de insurgentes contra um ônibus de uma universidade feminina e o hospital onde as feridas desse primeiro atentado foram internadas em Quetta, no sudoeste do Paquistão, informou a imprensa local.
O ministro do Interior paquistanês, Chaudhry Nisar, afirmou que 14 estudantes morreram nos ataques, além de quatro soldados, o delegado adjunto da cidade de Quetta e quatro rebeldes, segundo o jornal "The Express Tribune".
Várias pessoas ficaram feridas nos ataques e um quinto insurgente foi detido pela polícia.
O primeiro ataque aconteceu com a explosão de uma bomba no interior do ônibus que estava no estacionamento da Universidade Sardar Bahadur Khan de Mulheres e foi detonada quando as estudantes voltavam a suas casas.
As 14 vítimas eram professoras e estudantes do centro universitário, explicou ao jornal "Dawn" o chefe policial de Quetta, Zubair Mehmood.
As feridas, algumas delas em estado crítico, foram transferidas ao Complexo Médico Bolan, onde aconteceu uma segunda explosão uma hora depois e onde um grupo de militantes se entrincheirou, em um novo ataque contra as sobreviventes do primeiro atentado.
Nesse segundo ataque morreram os soldados e os rebeldes. Os dois atentados não foram reivindicados por nenhum grupo.
Também nesta manhã um ataque de insurgentes destruiu o histórico edifício onde o fundador do Paquistão, Muhammad Ali Jinnah, passou seus últimos dias na cidade de Ziarat, na mesma província, atentado no qual um policial morreu.
Quetta é a capital da convulsa Baluchistão, onde vários grupos armados de cunho nacionalista lutam há décadas para obter a independência da região do Paquistão ou uma maior soberania.
O Baluchistão é a província mais extensa e menos povoada do país asiático e, apesar de contar com muitos recursos naturais como gás e minérios, apresenta um dos índices de desenvolvimento mais baixos.
De acordo com um relatório recente do Instituto do Paquistão para Estudos de Paz (PIPS), esta província foi a que mais sofreu com o terrorismo no ano passado, com 474 incidentes que causaram um total de 631 mortes.