Pelo menos 14 pessoas, entre elas seis policiais, morreram nesta segunda-feira (4) em vários ataques supostamente perpetrados por membros do radical Conselho Republicano de Mombaça (MRC, por sigla em inglês), pouco antes do início das eleições gerais no Quênia.
A imprensa local informou que os fatos aconteceram na madrugada de segunda-feira, no bairro de Changamwe, na cidade de Mombaça, no litoral sudeste do Quênia, e nas localidades vizinhas de Kilifi e Kwale.
Neste último incidente, uma mãe e seu filho ficaram feridos quando os atacantes atearam fogo na residência onde moram.
"Os agentes podem usar as armas, como estabelece a lei, e assegurar portanto não há mais perda de vidas de policiais e civis", advertiu o inspetor geral da Polícia do Quênia, David Kimaiyo, que se deslocou para Mombaça.
O MRC já foi acusado em anteriores ocasiões de cometer ataques contra a polícia e oficiais do Governo, entre eles membros da Comissão Eleitoral queniana.
Segundo a polícia, com estas ações, o MRC pretende atemorizar os eleitores que nesta segunda participam do primeiro pleito desde a onda de violência pós-eleitoral de 2007-2008, que deixpu cerca de 1.300 mortos.
Aggrey Adoli, porta-voz policial, disse que "oficiais da polícia estão preparados para enfrentar qualquer grupo ilegal que tente perturbar as eleições".
O MRC, que procura a independência de Mombaça - principal porto marítimo queniano - e do resto do litoral, acusa o Governo de marginalizar os grupos étnicos da região, vital para a grande indústria turística do país africano e onde a maioria da população é muçulmana.
Mais de 14 milhões de quenianos estão convocados para a votação desta segunda para escolher o novo presidente, deputados, senadores, governadores e representantes locais, para os próximos cinco anos.
Para tal efeito, mais de 30 mil colégios eleitorais foram distribuídos por todo o país.