Dois ataques terroristas realizados por meninas deixaram ao menos 33 mortos na Nigéria e em Camarões neste fim de semana. Ambos foram atribuídos ao grupo islâmico Boko Haram.

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Em Camarões, pelo menos 19 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas após uma menina detonar uma carga explosiva em uma região de bares da cidade de Maroua, no norte do país.

O atentado aconteceu no sábado (25) à tarde, três dias depois que um duplo atentado suicida realizado por duas meninas causou outros 15 mortos na mesma cidade.

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Bombeiros, soldados dos serviços de emergência e pessoal da organização Médicos sem Fronteiras foram ao lugar da explosão atender às vítimas.

Segundo a televisão pública local, a menina que se matou tinha apenas dez anos.

Na Nigéria, no domingo, 14 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas após o ataque suicida de outra menina de dez anos em um mercado da cidade de Damaturu, capital do Estado de Yobe.

Ela detonou seus explosivos na entrada do mercado. “A explosão foi tão forte que sacudiu os edifícios da região”, disse à agência Efe Asabe Abukabar, que mora perto do mercado e cujo prédio foi afetado pela detonação.

Os corpos e os feridos foram levados ao principal hospital da cidade, ao qual familiares das vítimas se dirigiram para reconhecer os corpos ou saber a gravidade de seus ferimentos.

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Nos últimos meses, o grupo terrorista Boko Haram recorreu aos atentados em mercados, locais de culto e estações de ônibus para prosseguir sua campanha de terror no nordeste da Nigéria, onde procura implantar um califado islâmico.

O exército classifica estes locais de “alvos fáceis”, que o grupo ataca para continuar matando após perder terreno perante o avanço dos militares nigerianos e da força multinacional de países vizinhos.

Desde o último dia 29 de maio, quando o novo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, tomou posse de seu cargo, a milícia fundamentalista matou mais de 500 pessoas.

O estado de Yobe é, junto aos vizinhos Borno e Adamawa, um dos centros de atividade do Boko Haram na Nigéria, que estendeu seus atentados ao Chade e ao Camarões.