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Violência

Ataques continuam após indicação de novo premier iraquiano

Novos ataques de morteiros e a descoberta de vários corpos em Bagdá neste domingo agravam os desafios de segurança que ainda enfrentam os líderes do Iraque, após a quebra de meses de impasse político com a indicação de um novo primeiro-ministro.

Um ataque com morteiro em Bagdá matou pelo menos sete pessoas, informou o Ministério de Defesa. Uma bomba matou três soldados americanos no noroeste de Bagdá.

O novo premier, Jawad al-Maliki, escolhido no sábado, terá um mês para formar um gabinete que deve dividir o poder entre xiitas, sunitas e curdos. As escolhas que fizer para os ministérios chaves, como o do Interior, são vistas como críticas para conseguir unir os iraquianos e conquistar sua confiança.

- Superar esse impasse de formar o governo não significa solucionar todas as crises políticas do Iraque - disse neste domingo o professor Saleem al Jubouri, da Universidade Diyala, em Baquba - Maliki tem problemas espinhosos a resolver: a ocupação, a intervenção regional, as milícias armadas e os centros ilegais de detenção.

A polícia também encontrou os corpos de seis homens jovens, mortos com tiros na cabeça, no distrito sunita de Adamiya, em Bagdá.

Muitos iraquianos que vivem fora de áreas protegidas, como a Zona Verde, vêem seus líderes políticos com ceticismo.

- Não conheço Jawad al-Maliki. O tempo vai comprovar quem ele é, vai mostrar se é eficiente ou não - opinou Samir Abdalla, de 25 anos, na cidade curda de Arbil - Quando ocupam cargos do governo, todos os políticos dizem muita coisa, mas não realizam nada.

Khalid Hussein, um guerrilheiro curdo peshmerga de 53 anos, comentou:

- Não me importa quem é o primeiro-ministro. Tudo o que eu quero é estabilidade, segurança e gasolina.

A formação de um governo de unidade nacional que reúna todos os principais grupos étnicos e religiosos do Iraque é vista como essencial para evitar uma guerra civil, após a violência sectária crescente que se seguiu ao ataque a um importante templo xiita em fevereiro.

O gabinete que Maliki vai escolher, e sua própria permanência no cargo, ainda precisam ser confirmados pelo Parlamento de 275 cadeiras.

Maliki foi chamado pelo presidente Jalal Talabani, no sábado, para se tornar primeiro-ministro e formar um governo, pondo fim a meses de disputas em torno de cargos importantes na nova administração.

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