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Violência

Ataques contra sunitas deixam 76 mortos no Iraque

Uma nova série de atentados matou mais 76 pessoas no Iraque nesta sexta-feira (17), informaram autoridades, após dois dias de ataques contra xiitas que deixaram dezenas de mortos.

O aumento da violência eleva os temores sobre os assassinatos por vingança ocorridos no ápice dos confrontos sectários no Iraque. Desde quarta-feira (15), 130 pessoas morreram em ataques de natureza aparentemente sectária.

Uma bomba explodiu enquanto fiéis estavam saindo da mesquita Saira, na cidade de Baquba, ao norte de Bagdá, enquanto a segundo foi detonada depois que as pessoas de juntaram no local após a primeira explosão, matando um total de 41 pessoas e ferindo 56, informaram policiais e médicos.

Em Madain, ao sul de Bagdá, uma bomba colocada à margem de uma via explodiu perto de um cortejo fúnebre de um sunita, matando oito pessoas e ferindo pelo menos 25.

Na capital iraquiana, a explosão de uma bomba perto de um shopping center no bairro sunita de Amariyah deixou 21 mortos e 32 feridos. Pouco depois, outra explosão no bairro comercial de Dora deixou quatro mortos e 22 feridos, disseram fontes policiais.

Em Faluja, 65 quilômetros a oeste de Bagdá, duas pessoas morreram e nove ficaram feridas na explosão de uma bomba em uma lanchonete, disseram policiais e médicos da cidade.

As explosões são a mais recente de uma série de ataques que tiveram como alvo locais frequentados tanto sunitas quanto por xiitas nas últimas semanas e acontecem após dois dias de ações contra alvos xiitas.

Na quinta-feira (16), um suicida matou 12 pessoas na entrada de Al-Zahraa Husseiniyah, um local de culto xiita na cidade de Kirkuk onde parentes de vítimas de atos de violência do dia anterior recebiam condolências.

Carros-bomba atingiram três áreas de maioria xiita de Bagdá na quinta-feira, matando dez pessoas. Vinte e uma morreram numa série de ataques contra áreas xiitas da capital um dia antes.

Homens armados também mataram o irmão de um parlamentar sunita em Bagdá na quinta-feira. O primeiro-ministro Nuri al-Maliki responsabilizou a intolerância pela violência religiosa. "O derramamento de sangue (...) é resultado do ódio sectário", disse Maliki. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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