Pelo menos 73 pessoas, entre elas 23 militares, morreram nos últimos 12 dias, pela detonação de artefatos explosivos, que seriam obra da rede terrorista Al Qaeda, na cidade de Zinyibar, no Iêmen, informou nesta segunda-feira (25) o Ministério da Defesa do país.
A cidade, que estava há anos sob o controle do grupo "Ansar al Sharia", foi recuperada pelo Exército iemenita no último dia 13.
Em comunicado, o Ministério apontou que os artefatos foram colocados pelo grupo, ligado a Al Qaeda, antes da retirada da cidade. Entre os 23 militares, estão especialistas na remoção de minas, entre eles dois coroneis.
O Governo também revelou que suas tropas eliminaram 3.119 artefatos deste tipo nas ruas de Zinyibar, nas cercanias de edifícios governamentais. Ao todo, 12 grupos especializados na desativação de bombas estão na cidade.
Além disso, o Ministério da Defesa revelou que a Al Qaeda produziu explosivos artesanais, utilizando botijões de gás e munição de tanques.
No dia 13 de junho, foi anunciada a vitória das forças governamentais na cidade de Yaar, outro bastião da Al Qaeda, enquanto há dois dias o Exército anunciou ter retomado a cidade de Azan, considerada o último reduto do grupo terrorista.
Desde o ano passado, a Al Qaeda aumentou sua atividade no Iêmen, graças a situação de instabilidade que vive o país, desde as revoltas populares iniciadas em janeiro de 2011, contra o então presidente Abdullah Saleh, que em fevereiro deste ano cedeu o poder a seu vice-presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi.