Rebeldes colombianos mataram 11 soldados e policiais no fim-de-semana, mostrando que a insurgência está longe de acabar.
A Colômbia recebeu cerca de 4 bilhões de dólares dos EUA desde 2000 para em grande parte combater a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que se financia principalmente com o tráfico de cocaína.
Seis soldados foram mortos no sábado por minas plantadas pelas Farc perto da fronteira com a Venezuela. No domingo, um caminhão da polícia foi alvejado com um morteiro improvisado no outro lado do país, na província de Putumayo, perto da fronteira com o Equador, onde o governo vem espalhando herbicidas para destruir lavouras de coca, a matéria-prima da cocaína.
A reincidência dos ataques das Farc leva muitos analistas a questionarem as políticas do popular presidente Álvaro Uribe e a ajuda dos EUA. ``Algumas coisas melhoraram na Colômbia, mas, como demonstra o ataque de Putumayo, a ameaça das Farc permanece. Isso sugere que é preciso repensar a estratégia. O Estado precisa manter não só uma presença militar nessas áreas, mas uma presença em termos de saúde, educação e outros serviços, para mostrar às populações locais que há uma alternativa às Farc'', disse Michael Shifter, analista da entidade norte-americana Diálogo Interamericano.