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Menino ao lado do pai, ambos feridos numa explosão em Bagdá | Ahmad al-Rubaye/AFP
Menino ao lado do pai, ambos feridos numa explosão em Bagdá| Foto: Ahmad al-Rubaye/AFP

Uma onda de ataques com carros-bomba atingiu a capital do Iraque ontem, matando pelo menos 14 pessoas e ferindo mais de 70, em um momento de au­­mento na violência no país, alimentada por crise política um mês após a retirada militar dos Estados Unidos, em 18 de dezembro.

Os sunitas acusam que a crise política entre o governo, controlado pelos xiitas e liderado pelo primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, e a coalizão opositora Iraqiya, ameaça a unidade política e territorial do país.

Pelo menos 170 pessoas morreram nos ataques desde o início de 2012 no Iraque, muitas delas fiéis xiitas que participavam de celebrações religiosas. Insur­­gen­­tes sunitas frequentemente têm atacado comunidades xiitas e as forças de segurança iraquianas a fim de minar a confiança pública no governo liderado por xiitas.

O primeiro ataque de ontem atingiu trabalhadores no bairro xiita de Cidade Sadr, em Bagdá. Segundo a polícia, oito pessoas morreram e outras 21 foram feridas. Minutos depois, um carro cheio de explosivos foi pelos ares perto de uma padaria no mesmo distrito, matando três pessoas e ferindo 26, disseram policiais.

Mais tarde, dois carros-bomba foram detonados, matando três pessoas e ferindo 29. No bairro de maioria xiita de Shula, no norte de Bagdá, um carro-bomba ma­­tou dois estudantes e feriu ou­­tras 16 pessoas, a maioria estudantes, segundo a polícia local.

No distrito de Hurriya, uma pes­­soa foi morta quando um carro cheio de explosivos detonou cinco minutos após a ex­­plosão em Shula, disse a po­­lí­­cia. Funcionários de hospitais de Bagdá confirmaram o nú­­me­­ro de mortos, pedindo anonimato.

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