Explosões na região central da Nigéria mataram pelo menos 32 pessoas na véspera de Natal e outras seis pessoas morreram em ataques a duas igrejas no nordeste do país mais populoso da África, disseram autoridades neste sábado (25).
Na noite de sexta-feira, uma série de bombas foram detonadas durante as comemorações da véspera de Natal em vilas próximas da cidade central de Jos. Os ataques mataram pelo menos 32 pessoas deixando 74 em estado crítico, afirmou a polícia.
O chefe do Exército da Nigéria afirmou que as explosões não são parte de confrontos religiosos que surgem esporadicamente no país onde a população está dividida de modo praticamente igual entre muçulmanos e cristãos.
"As explosões foram causadas por uma série de bombas. Isso é terrorismo, é um incidente muito infeliz", afirmou Azubuike Ihejirika na cidade de Port Harcourt.
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, condenou neste sábado os ataques e enviou condolências às famílias das vítimas.
"Eu asseguro a todos os nigerianos que vamos encontrar quem está por trás das explosões em Jos e levá-los à Justiça", disse Jonathan na capital Abuja.
Os ataques aconteceram em um momento particularmente difícil para o presidente, que está promovendo uma controversa campanha antes das primárias do partido governista, em 13 de janeiro.
Um pacto afirma que o poder no Partido Democrático do Povo deve girar entre o norte muçulmano e o sul cristão a cada dois mandatos.
Jonathan, que é do sul, herdou o gabinete quando Umaru Yar'Adua, do norte, morreu durante seu primeiro mandato este ano e algumas facções do norte, dentro do partido, são contrárias à candidatura do atual presidente.
Em ataques separados, coquetéis molotov foram atirados na noite de sexta-feira contra uma igreja em Maiduguri, matando cinco pessoas, incluindo um pastor batista. Um segurança numa igreja da mesma região morreu num ataque similar.
"Essa é uma situação perturbadora, e o governo fará todo o possível para pegar quem fez isso," disse neste sábado o governador do Estado de Borno, Ali Sheriff. "Temos que dar segurança para que todos os cidadãos professem sua fé sem medo."
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