TV indiana via Sky News mostra policiais em torno de um carro destroçado após uma série de explosões em Mumbai| Foto: SKY NEWS / AFP Photo

Veja imagens dos atentados em Mumbai

CARREGANDO :)

Veja cronologia dos principais ataques terroristas na Índia

13 de setembro de 2008 - Pelo menos cinco bombas explodem em mercados e ruas movimentados no coração de Nova Déli, matando pelos menos 18 pessoas e ferindo várias. O grupo Mujahideen Indiano assumiu a autoria.

Leia cronologia completa

Não há registros de brasileiros vítimas de ataques em Mumbai, diz Itamaraty

O Itamaraty informou, em nota divulgada na noite desta quarta-feira (26), que não há registro de brasileiros entre as vítimas dos ataques a tiros que mataram pelo menos 80 pessoas na cidade indiana de Mumbai.

Leia a nota completa

Publicidade

Obama condena ataques na Índia e promete destruir redes terroristas

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou na noite desta quarta-feira (26) os atentados que ocorreram em Mumbai, na Índia, e deixaram pelo menos 80 mortos e 200 feridos

Leia a matéria completa

O mundo reage aos ataques coordenados em Mumbai

Governos reagiram aos atentados de quarta-feira em Mumbai, na Índia, lamentando o ocorrido e ressaltando a disposição de ajudar o governo indiano.

Leia a matéria completa

No hotel Taj Mahal Palace podem ser vistas grandes colunas de fumaça. Após explosão no edifício, uma das torres pegou fogo
Policial caminha com um senhor pelo corredor de uma estação ferroviária. Agressores

Pelo menos 80 pessoas morreram nesta quarta-feira (26) em ataques aparentemente dirigidos contra turistas em Mumbai, principal centro financeiro da Índia. Redes de TV disseram que ocidentais foram feitos reféns em dois hotéis cinco estrelas.

Pelo menos 250 pessoas ficaram feridas nos ataques da noite de quarta (horário local), segundo a polícia.

Publicidade

As TVs locais disseram que o Exército começou a invadir o Oberoi, um dos hotéis onde há reféns. Em outro hotel, o Taj, foram vistas grandes colunas de fumaça e ouvidos tiros, disseram testemunhas à Reuters.

Outro ataque aconteceu no Café Leopold, um dos restaurantes mais frequentados por turistas na cidade, e também em hospitais e estações ferroviárias. Foram pelo menos sete incidentes.

"Suponho que estivessem atrás de estrangeiros, porque estavam pedindo passaportes britânicos e americanos", disse Rakesh Patel, cidadão britânico que vive em Hong Kong e se hospedou no hotel Taj Mahal a negócios. "Eles tinham bombas. Entraram no restaurante e nos levaram para as escadas", acrescentou ele à emissora NDTV, ainda com fuligem na cara. "Jovens, talvez com 20, 25 anos. Tinham duas pistolas", acrescentou ele.

Segundo emissoras de TV, o grupo auto-denominado Deccan Mujahideen, ainda desconhecido, teria assumido a responsabilidade pelos ataques. Outros atentados ocorridos nos últimos anos na Índia em geral foram atribuídos a militantes islâmicos, embora também tenha havido prisões de extremistas hindus suspeitos de envolvimento em alguns incidentes.

Emissoras mostraram os saguões dos hotéis Taj Mahal e Oberoi em chamas, e pessoas saindo assustadas. A polícia disse que Hemant Karkare, chefe do esquadrão antiterror da polícia de Mumbai, foi morto nos ataques.

Publicidade

Os governos dos Estados Unidos e da França, em nome da União Européia, condenaram os ataques e o sequestro.

O europarlamentar espanhol Ignasi Guardans, que está no Taj, disse a uma rádio do seu país que o hotel foi cercado pela polícia, e que há homens armados no interior.

"Estamos em contato com alguns deputados dentro do hotel, com um num quarto e outro escondido na cozinha. Há outro funcionário ferido, no hospital."

Outras explosões foram ouvidas nas primeiras horas desta quinta-feira (ainda quarta-feira no Brasil).

"Um evento está ocorrendo nos dois hotéis, a situação é grave", disse o ministro-chefe do Estado de Maharahstra, Vilasrao Deshmukh, à CNN-IBN TV.

Publicidade

O ministro indiano do Interior, Shivraj Patil, disse haver quatro ou cinco agressores em cada um dos dois hotéis. Segundo ele, em todos os incidentes houve dois agressores mortos e outros dois presos.

Estrangeiros cercados

Um motorista contou à Reuters que pelo menos 50 coreanos ficaram retidos no Taj, enquanto seus choferes esperavam na calçada.

"Estávamos prontos para apanhá-los quando ouvimos a primeira explosão, a polícia não nos deixou passar, e não estão atendendo ao telefone", disse o motorista Deepak Aswar.

Alguns europeus também foram surpreendidos pelo incidente. "Eu estava no restaurante dentro do Oberoi e vi essa série de disparos e mortes que eu não quero ver nunca mais", disse à Reuters um espanhol que não quis dizer o nome.

Publicidade

Ele contou que se arrastou até a cozinha do hotel e lá ficou - "até que eu senti que estava tudo quieto e parecia ter acabado".

A.N. Roy, chefe da polícia do Estado de Maharashtra, disse que os agressores fizeram disparos indiscriminados com armas automáticas e usaram granadas. "Houve ataques terroristas em pelo menos sete locais", disse ele à NDTV.

Alguns feridos foram retirados do Taj nos carrinhos dourados que habitualmente carregam as bagagens. No Oberoi, era possível ver garçons em trajes formais e cozinheiros fugindo. A polícia disse não saber quantas pessoas há nos hotéis.

Sourav Mishra, repórter da Reuters, estava com amigos no Café Leopold quando os atiradores abriram fogo, por volta de 21h30. Ele ficou ferido e está internado no hospital Saint George.

"Ouvi alguns disparos por volta das 21h30. Eu estava com os meus amigos. Alguma coisa me atingiu. Eu corri e caí na rua, aí alguém me apanhou. Estou ferido embaixo do ombro", relatou Mishra do leito hospitalar que divide com três outras pessoas.

Publicidade

Do outro lado da rua ficaram os restos de um toldo de loja, a carcaça de uma scotter vermelha e estilhaços de vidro.

Policiais armados com rifles montaram barricadas. Transeuntes e moradores gritavam, exasperados com a ocorrência de mais um atentado na cidade.

Outro repórter da Reuters viu uma ala hospitalar cheia de feridos a bala e estilhaços. Os feridos eram levados em carrinhos de mão, e muita gente chorava.