Forças de segurança do Talibã exibem seu poder militar em parada em Kandahar, Afeganistão, 8 de novembro| Foto: EFE/EPA/STRINGER
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Ao menos três pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um atentado a bomba nesta sexta-feira em uma mesquita na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, em novo ataque contra um templo durante o dia sagrado para os muçulmanos.

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A explosão ocorreu por volta do meio-dia (hora local), durante as orações em uma mesquita no distrito de Spinghar, em Nangarhar, disse à Agência Efe Hanif Nangerhary, porta-voz do Talibã na província.

"Infelizmente, inimigos do Islã e dos afegãos colocaram explosivos dentro da mesquita. (Pelo menos) 15 pessoas foram feridas, mas felizmente ainda não temos informações sobre mortos", disse Nangerhary.

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Um médico de um hospital local afirmou à agência de notícias AFP que três pessoas foram mortas.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque até o momento, embora no mês passado o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) tenha assumido a responsabilidade por dois grandes ataques suicidas contra mesquitas no Afeganistão.

Nessas duas ocasiões, os templos pertenciam à minoria xiita, embora, segundo as informações iniciais nesta ocasião, os frequentadores não professassem esse ramo do Islã, considerado apóstata pelos jihadistas do EI.

Estes ataques ocorreram em duas sextas-feiras consecutivas, 8 e 15 de outubro, na província nortista Kunduz e na sulista Kandahar, deixando pelo menos 80 e 60 pessoas mortas e mais de uma centena de feridos, respectivamente.

Naquelas ocasiões, a comunidade xiita criticou o fato de os talibãs terem confiscado todas ou a maior parte das suas armas, tornando quase impossível se protegerem contra os ataques suicidas.

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O grupo jihadista multiplicou os seus ataques no Afeganistão desde a retirada final das tropas americanas do Afeganistão pouco antes da meia-noite de 31 de agosto. O maior atentado foi o bombardeamento do aeroporto de Cabul em 26 de Agosto, que matou cerca de 170 pessoas.

Os talibãs lançaram uma série de operações contra o EI - que ainda estão em andamento - em grande parte do país, nas quais dezenas de jihadistas morreram ou foram presos em pelo menos oito das 34 províncias do Afeganistão.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]