Uma bomba caseira explodiu perto de uma mesquita na capital das Maldivas, Malé, no sábado, ferindo 12 turistas estrangeiros, disse o governo da ilha.
A explosão ocorreu na entrada do Parque Sultan, na capital, um ponto turístico popular.
Ninguém reivindicou a autoria do atentado no remoto arquipélago do Oceano Índico, mais conhecido por luas-de-mel luxuosas e visitas de astros de Hollywood.
"Doze pessoas ficaram feridas - dois britânicos, dois japoneses e oito chineses", disse o ministro do Turismo, Mahmood Shaugee, em entrevista à Reuters.
"Os cidadãos japoneses e chineses foram tratados por pequenos ferimentos e tiveram alta do hopital."
Os dois britânicos ainda estão internados, disse ele.
"Eles apresentam queimaduras significativas, mas seu estado é estável e eles estão fora de perigo", acrescentou o ministro.
O porta-voz do governo Mohammad Shareef disse que a explosão ocorreu do lado de dentro da entrada principal do parque, acrescentando: "A polícia me disse que foi um artefato caseiro."
Em Londres
O Ministério das Relações Exteriores da Gran Bretanha confirmou que a explosão foi causada por uma bomba e que os dois britânicos estão entre os feridos.
"Fomos informados que os dois britânicos estavam feridos. Foi uma explosão próxima à principal mesquita de Malé", disse um porta-voz.
O governo disse que era cedo demais para fazer acusações diretas e que uma investigação já tinha sido iniciada.
"As autoridades das Maldivas perseguirão os culpados e tentar trazê-los à Justiça, dando-lhes a punição mais dura pela lei", disse o governo em nota.
Celular e pregos
A mídia local disse que a explosão foi causada por um aparato formado por um telefone celular conectados ao motor de uma máquina de lavar e um cilindro de gás.
Uma testemunha disse que viu pregos espalhados pelo parque antes que a área fosse evacuada pelas equipes de segurança.
O parque fica ao lado do quartel-general do Exército das Maldivas, e câmaras de segurança estão espalhadas pela área.
Balneário de luxo
Mais de 500 mil turistas visitam as Maldivas a cada ano, e a indústria do turismo é a base da economia de 1 bilhão de dólares do arquipélago.
O país muçulmano sunita tem a reputação de tranqüilidade e a capital não teve incidentes de tiroteios ou explosões desde uma tentativa de golpe em 1988.
Mas o arquipélago recentemente vem atravessando um período de agitação política.
O presidente Maumoon Abdul Gayoom, mandatário que está no poder há mais tempo na Ásia, ganhou um referendo em agosto a favor da adoção de uma sistema presidencial no estilo dos Estados Unidos. A oposição acusou a votação de fraudulenta.
Os críticos dizem que Gayoom, no poder desde 1978, está atrapalhando um processo de reformas democráticas e acusam-no de oprimir dissidentes a fim de enfraquecer a oposição.
O arquipélago de 1.192 ilhas tem muitos resorts de luxo, mas metade de seus 370 mil habitantes vive na pobreza.
As Maldivas vão realizar suas primeiras eleições pluripartidárias em 2008. Os assessores de Gayoom anunciaram que ele voltará a disputar o pleito.
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