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África

Atentado contra prédio da ONU na Nigéria mata 18

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Uma bomba explodiu nesta sexta-feira no prédio das Nações Unidas em Abuja, capital da Nigéria, causando a morte de pelo menos 18 pessoas, segundo profissionais da área médica. Fontes do setor de segurança disseram que um carro-bomba foi lançado contra o edifício.

"Temos 10 corpos e poderá haver mais", disse uma fonte da área médica, que não quis identificar-se.

"Um carro bateu contra o edifício e explodiu. Isto muito provavelmente é uma ação do Boko Haram ou do Aqim (a Al-Qaeda no Magreb Islâmico) e é uma grave escalada nas condições de segurança na Nigéria. É a pior coisa que poderia ter acontecido", declarou a fonte.

Testemunhas disseram ter visto vários corpos sendo removidos do prédio.

Um funcionário do escritório da ONU em Lagos afirmou que a explosão ocorreu na ala do prédio onde ficava a representação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"Eu vi corpos espalhados", relatou Michael Ofilaje, funcionário do Unicef no prédio. "Muitas pessoas estão mortas", afirmou. Trabalham no prédio cerca de 400 empregados da ONU na Nigéria.

A Nigéria tem sido alvo de uma onda de atentados por parte da seita radical islâmica Boko Haram, cujo nome significa "A educação ocidental é pecaminosa", no idioma hausa, falada no norte do país. Quase diariamente o grupo está por trás de atentados e tiroteios, na maioria tendo como alvo a polícia na região norte do país.

O prédio fica próximo da embaixada dos EUA e de outras sedes diplomáticas em Abuja. Até o momento nenhum grupo reivindicou o atentado, porém a Nigéria, um país rico em petróleo, enfrenta ameaças em várias frentes.

Com 150 milhões de habitantes, a Nigéria é dividida entre o sul de maioria cristã e o norte muçulmano. Nos últimos meses, o país enfrenta a crescente ameaça da seita radical Boko Haram, que almeja implementar uma versão estrita da lei islâmica.

Na quinta-feira um atentado do Boko Haram contra uma delegacia de polícia e ataques a bancos numa cidade no nordeste do país deixaram 12 mortos, incluindo um policial e um soldado.

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