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Terrorismo

Atentado deixa 33 mortos em região central do Paquistão

Explosão atingiu um mercado e a casa de um político paquistanês | Reuters
Explosão atingiu um mercado e a casa de um político paquistanês (Foto: Reuters)

Um suicida detonou um carro-bomba num mercado perto da casa de um político no Paquistão central nesta terça-feira, matando pelo menos 33 pessoas e demonstrando a capacidade dos militantes do grupo fundamentalista Taleban no país.

Os insurgentes, que têm ligações com a Al-Qaeda, lutam contra tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no vizinho Afeganistão, querem derrubar o governo paquistanês, aliados dos EUA, e instalar um regime islâmico linha-dura. Sob forte pressão ocidental, o exército paquistanês lançou em outubro uma ofensiva contra esconderijos e bases do Taleban nas montanhas próximas à fronteira afegã. O Taleban reagiu com ataques a bomba no Paquistão inteiro que já deixaram mais de 500 mortos, a maioria civis.

O ataque desta terça-feira, na cidade de Dera Ghazi Khan, danificou a casa do parlamentar e as lojas e prédios vizinhos, incluídos uma mesquita e um banco. Não está claro se o alvo principal do carro-bomba era a casa do político, que não estava na residência, ou o mercado.

Os mortos e muitos dos feridos estavam trabalhando ou fazendo compras no mercado. "O mercado inteiro ruiu", disse Raza Khan, um morador. "Existe fumaça e gente correndo", comentou. Natiq Hayat, oficial do resgate, disse que 33 pessoas foram mortas e 60 ficaram feridas. O oficial do governo Mohammed Rizwan disse que o ataque foi conduzido por um suicida, que parou o automóvel com 400 quilos de explosivos perto da casa do político e detonou a carga.

O parlamentar cuja casa foi atingida, Zulfiqar Khyosa, é um importante político do partido islâmico Liga-N, que governa o Estado do Punjab mas faz oposição ao governo federal do Paquistão.

O filho de Zulfiqar Khosa, Dost Mohammed Khosa, disse que dois dos seus primos estão entre os feridos. "Foi um ataque direto contra nós", disse Dost, se recusando a especular quem estaria por trás da violência.

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