Pelo menos duas pessoas ficaram feridas em um atentado com um explosivo na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, nesta quarta-feira (11). O ataque tinha como alvo um evento em homenagem às vítimas da Primeira Guerra Mundial em um cemitério não muçulmano da cidade. Diplomatas de vários países europeus estavam presentes na cerimônia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da França.
"A cerimônia anual que comemora o fim da Primeira Guerra Mundial no cemitério não-muçulmano de Jeddah, com a presença de vários consulados, incluindo o da França, foi alvo de um ataque com IED [dispositivo explosivo improvisado] nesta manhã, que feriu várias pessoas", informou o ministério francês.
Segundo o governo de Mecca, duas pessoas ficaram feridas: um guarda saudita e um diplomata grego. O evento era organizado pela embaixada francesa na Arábia Saudita, o que torna este o segundo atentado contra franceses em Jeddah em menos de 15 dias. Um guarda foi atacado com uma faca em frente ao consulado francês em Jeddah em 29 de outubro.
Segundo a Reuters, a embaixada da França pediu a todos seus cidadãos que moram na cidade para permanecerem vigilantes: "seja discreto e fique longe de todas as reuniões e seja cauteloso ao se movimentar pela cidade".
Embora as autoridades sauditas não tenham revelado motivo do ataque, especula-se que seja um ato de terrorismo contra os franceses, já que o presidente Emmanuel Macron tem sido enérgico ao defender a liberdade de expressão no caso das publicações das charges do profeta Maomé. A posição do presidente francês tem causado revolta entre muçulmanos, que protestaram em muitos países onde são maioria.
Países que também tinham representantes na cerimônia condenaram o ataque. "As embaixadas que estiveram envolvidas na cerimônia de comemoração condenam este ataque covarde, que é completamente injustificado", afirma o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da França. Eles também pediram que as autoridades sauditas investiguem o caso e prendam os autores.
Vários países estão relembrando as vítimas da Primeira Guerra Mundial nesta quarta-feira, data que marca os 102 anos do armistício assinado pela Alemanha e os Aliados para colocar fim à guerra.
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