Um homem-bomba matou 21 pessoas ontem em uma mesquita xiita em Kudeih, no leste da Arábia Saudita. Mais tarde, o atentado foi assumido pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), que domina parte do Iraque e 50% do território da Síria.
Foi um dos ataques mais mortais dos últimos anos no maior país do Golfo Árabe, onde as tensões sectárias foram ampliadas por quase dois meses de ataques aéreos liderados por sauditas contra rebeldes xiitas houthis no vizinho Iêmen.
Mais de 150 pessoas oravam no local quando a explosão atingiu a mesquita Imã Ali, no bairro de Al-Qadeeh. Um vídeo postado na internet mostrou uma sala cheia de fumaça e poeira, com pessoas ensanguentadas gemendo de dor. Mais de 90 pessoas ficaram feridas.
Em comunicado, o EI disse que um de seus homens-bomba, identificado como Abu Ammar al-Najdi, realizou o ataque usando um cinto carregado de explosivos. O EI afirmou que não vai descansar até que os xiitas, classificados por eles como hereges, sejam expulsos da península arábica.
Autoridades sauditas avaliam que o grupo está se esforçando para atacar o reino, que representa um importante aliado para os países ocidentais que lutam contra o EI, por ser o maior exportador de petróleo do mundo, berço do Islã e sede da doutrina sunita.
Na Síria, o EI tomou ontem o posto fronteiriço de al-Tanf. O posto dá acesso mais rápido e fácil à província iraquiana de Al Anbar, cuja capital, Ramadi, foi dominada pela facção no último fim de semana.