Bogotá - Duas pessoas morreram e pelo menos 34 ficaram feridas em um atentado perpetrado no domingo em Cali, segundo autoridades locais e médicos locais. O ataque ocorreu na terceira cidade mais importante do país, localizada 300 quilômetros a sudoeste de Bogotá.
O presidente Álvaro Uribe, em entrevista coletiva na sede do governo, responsabilizou membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pelo atentado. A violência ocorreu no mesmo dia em que as Farc libertaram quatro reféns, após dois anos de sequestro.
"Esta noite os terroristas das Farc ativaram um carro-bomba em Cali", afirmou Uribe. O presidente não deu detalhes sobre os motivos da acusação.
Jorge Iván Ospina, prefeito de Cali, assegurou em entrevista coletiva que aparentemente a pessoa que ativou o explosivo foi morta pela polícia quando tentava fugir. A outra vítima deu entrada no Hospital Universitário del Valle com ferimentos graves e não resistiu.
O ataque ocorreu às 22 h (hora local). A explosão ocorreu no centro da cidade, próximo da sede administrativa da polícia, no bairro San Bosco, da capital departamental do Valle del Cauca.
Iván González, médico do Hospital San Juan de Dios, disse à Rádio Caracol que foram levados a esse centro para seu atendimento 18 pessoas, entre elas seis menores. González disse que a maioria das vítimas tinha ferimentos leves e já recebeu alta, porém um dos menores sofreu traumatismo craniano.
O comandante da polícia metropolitana de Cali, general Gustavo Ricaurte, disse aos jornalistas que os autores do atentado "são os terroristas das Farc". Segundo Ricaurte, os autores chamaram a atenção da polícia com um princípio de explosão. Quando policiais se aproximaram, detonaram o artefato.
A explosão ocorreu a cinco quadras do Palácio da Justiça de Cali, onde em 31 de agosto último houve um ataque que matou quatro pessoas e feriu outras 26. A promotoria colombiana afirma que seis supostos membros das Farc foram os culpados por aquele ataque.
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