Pelo menos uma pessoa morreu neste domingo e outras 16 ficaram feridas em consequência de um atentado contra uma igreja em Nairóbi, informou o jornal local "Daily Nation".
Segundo o periódico queniano, uma granada explodiu na manhã deste domingo na Igreja Internacional de Deus de Milagros, no distrito de Ngara.
Seis pessoas foram transferidas ao centro médico de Guru Nanak, enquanto outros quatro feridos, em estado crítico, foram levados ao Hospital Nacional Kenyatta.
Testemunhas do atentado citados pelo "Daily Nation" afirmaram que um dos presentes à missa ocultou o explosivo sob um dos bancos do templo no final da cerimônia.
O incidente ocorre uma semana depois que a Embaixada dos Estados Unidos emitiu um alerta advertindo seus cidadãos da possibilidade de atentados terroristas no Quênia.
Os atentados no país africano aumentaram desde que as tropas quenianas invadiram a Somália em outubro do ano passado para combater a guerrilha islamita de Al Shabab, franquia da Al Qaeda no Chifre da África.
O Exército queniano, agora integrado na Missão da União Africana na Somália (AMISOM), entrou há quase seis meses em território somali em resposta aos sucessivos sequestros que tinham cometido nas zonas fronteiriças entre ambos países e que ameaçavam o setor turístico do Quênia.
O Quênia se encontra em estado de alerta desde então e a segurança aumentou consideravelmente nos acessos a numerosos centros públicos e privados do país.
O Al Shabab, que em fevereiro anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate as tropas do internacionalmente respaldado governo federal de transição somali, da AMISOM, do Exército etíope e de várias milícias governistas, a fim de instaurar um estado muçulmano de corte wahhabista no país.
A Somália vive em estado de guerra civil desde 1991, quando foi deposto o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra e bandos de criminosos armados.