Bagdá (AFP) Pelo menos 30 civis, todos eles viajantes que se dirigiam ao sul do Iraque, morreram em um atentado suicida cometido ontem contra um ônibus, em Bagdá, a uma semana das eleições legislativas. A explosão aumentou também a preocupação com a sorte dos reféns ocidentais seqüestrados nos últimos dias.
Parte das vítimas do antentado ficou completamente carbonizada. O ônibus estava saindo da estação de Al Nahda rumo a Nassíria (sul), quando o suicida detonou seu cinturão de explosivos dentro do veículo. A maior parte dos passageiros seria de estudantes e civis que iriam passar o fim de semana fora de Bagdá.
Um policial condenou a falta de vigilância dos serviços de segurança e recomendou que os passageiros sejam revistados, pois em agosto passado a mesma estação foi alvo de outro sangrento atentado. Uma espessa coluna de fumaça negra se elevou aos céus da capital após a explosão ocorrida pouco antes das 10 horas (5 h de Brasília).
Uma sede de um partido aliado do ex-premier iraquiano Iyad Allawi foi atacada na quarta-feira à noite em Kerbala, cidade santa xiita ao sul de Bagdá. O nacionalista Mithal al-Allusi contou que um dos candidatos de sua lista tinha sido assassinado a tiros na mesma noite. Os ataques isolados continuam. Ontem, um militar norte-americano morreu em Bagdá vítima de uma bomba, o que elevou para 2.134 o número de militares dos EUA e de civis que trabalham para eles mortos no país desde a invasão, em março de 2003.
Os chefes de segurança de nove províncias xiitas se reuniram em Najaf para coordenar o combate ao terrorismo às vésperas das eleições. O representante do secretário-geral da ONU no Iraque, Ashraf Qazi, disse que conseguiu apoio da autoridade máxima xiita do país, o grande aiatolá Ali Sistani, para estimular os iraquianos a votar em 15 de dezembro.
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